Bruna Linzmeyer abriu o coração em uma recente entrevista, no podcast ‘Quem Pode, Pod’, apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme. Durante o bate-papo, a atriz compartilhou sua jornada de descoberta e aceitação acerca da sua sexualidade. Com muita sinceridade, ela revelou experiências marcantes que a fizeram compreender sua verdadeira identidade.
Segundo Bruna, tudo começou quando ela sentiu atração por uma mulher e teve a coragem de se aproximar. O encontro foi transformador e marcou o início de sua primeira relação amorosa com outra mulher. “Um dia eu senti tesão por uma mulher e dei em cima dela. Ela entendeu, ficou muito claro. A gente ficou, transou, e ela foi minha primeira namorada. Depois que comecei a namorar, entendi que desse ponto para trás, eu já era sapatão há muito mais tempo”, iniciou ela.
Em busca de uma maior compreensão de si mesma, a atriz vasculhou álbuns de fotos antigas e fez uma descoberta surpreendente. “Comecei a olhar umas fotos de quando a gente tinha cyber-shot, nos anos 2000, e achei várias fotos beijando uma amiga minha. Eu tinha 13, 14 anos, e nem lembrava disso. Foi um caos interno. Chorei, me emocionei, surtei, mas foi muito importante”, disse.
A atriz também refletiu sobre as possibilidades que poderiam ter se revelado se ela tivesse compreendido sua sexualidade mais cedo. Ela questionou o impacto que essa descoberta teria tido em um relacionamento anterior, no qual sentiu uma conexão especial com sua amiga. “Quanta coisa eu poderia ter vivido com essa namorada se eu soubesse?… acho que não só ela [a amiga] poderia ter sido minha namorada como foi, afinal, a gente se beijava”.
Por fim, Bruna Linzmeyer ressaltou como a sociedade muitas vezes direciona e pressupõe a heterossexualidade como norma, e como isso pode limitar a liberdade de viver e expressar a diversidade sexual. “A gente é criado para ser hétero. Ninguém sai do armário falando que é hétero. A gente vê isso nas novelas, nas ruas… eu fui hétero durante muito tempo por não ter tido a possibilidade de escolher outra coisa, vivenciar meu corpo de outra maneira e me perceber de outro jeito”, completou.