Luisa Mell deixou os fãs confusos quanto ao seu posicionamento político ao se encontrar com Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recentemente. Entretanto, a ativista esclareceu a polêmica ao declarar apoio a um dos rivais nas Eleições 2022 em entrevista à Folha de S.Paulo, divulgada nesta quarta-feira (30).
Primeiro, Mell declarou que sempre esteve engajada politicamente visando a proteção ambiental e dos animais. “É que agora as pessoas prestam mais atenção, porque tudo está muito polarizado”, disse.
Perguntada sobre o encontro com Bolsonaro, a ativista explicou que não foi uma reunião combinada, mas que ambos compareceram à chegada dos brasileiros que fugiam da guerra da Ucrânia – uma vez que ela foi uma das responsáveis por pedir a inclusão de animais de estimação no resgate.
A defensora das causas ambientais disse que “não trocou duas palavras” com o atual presidente na ocasião. “Não tem como alguém que defende o ambiente não ser contra o governo Bolsonaro”, opinou na sequência.
Por outro lado, Luisa Mell destacou pontos positivos em relação às propostas de Lula para o meio ambiente. “[Ele] está, nos últimos anos, entendendo a importância da causa ambiental e a urgência disso”, acrescentando que acredita que o petista poderá ser capaz de desacelerar o desastre ecológico.
Vale lembrar que a militante foi uma grande crítica dos governos de Lula e de Dilma Rousseff no passado. Entretanto, ela teria mudado de opinião ao se encontrar com o ex-presidente e outros 20 representantes do movimento da proteção animal no último dia 14.
“Eu reafirmo que [no encontro] vi uma pessoa interessada em aprender, anotando e perguntando. Isso, para mim, é muito importante em um líder do novo mundo”, disse Mell. Segundo ela, é importante votar em líderes que entendam a importância do meio ambiente e estejam dispostos a aprender sobre o assunto.
Ela concluiu: “Temos ainda desafios gigantes, além do Brasil. Com todos os problemas econômicos, sociais, pós-pandemia. Não dá para ignorarmos isso nessas eleições, são os últimos anos que alguém vai ter para fazer alguma coisa (…) O que os governos e os bilionários não estão fazendo, a sociedade civil vai ter que se organizar [para fazer]”.