Vanessa Lopes falou, pela primeira vez, sobre a desistência do ‘Big Brother Brasil 24’. A influenciadora decidiu deixar o programa após duas semanas de confinamento. Na casa, a tiktoker apresentou comportamentos que preocuparam a audiência e os outros participantes do reality. Um mês após deixar o BBB, a criadora de conteúdo contou, em entrevista ao ‘Fantástico’ no último domingo (18), como se sentiu ao decidir abandonar a competição.
“Eu continuo achando que a decisão foi um alívio, eu continuo muito feliz. Obviamente que eu queria viver muito aquela oportunidade, porque é uma oportunidade única, é uma oportunidade que maioria das pessoas deseja. Mas que eu não tava bem para viver aquilo. Então eu prefiro estar em casa, com os cuidados médicos, tomando meus remédios e com a minha família e meus amigos do que realmente estar da forma que eu tava lá”, disse Vanessa.
“Segundo meu psiquiatra, eu tive um quadro psicótico agudo, que é como se a minha mente rompesse com a realidade. É como se eu já não entendesse mais o que é a imaginação da minha cabeça e o que é real. Isso aconteceu pelo estresse, pela falta de sono, pela ansiedade, medo do que tava acontecendo lá fora no programa, medo que tava acontecendo dentro do programa”, detalhou.
Assim que deixou a atração, a influenciadora digital iniciou o tratamento psiquiátrico. Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria e médico que acompanha de perto o caso de Vanessa, explicou o episódio.
“Nós chamamos de quadro psicótico agudo aqueles quadros em que a pessoa vem dentro da característica de um funcionamento normal e repentinamente ela rompe com a realidade e passa a viver uma realidade paralela. Não precisa ter história nenhuma pregressa para poder fazer esse diagnóstico e o futuro vai depender totalmente do que você faz agora no presente com a presença da doença. O quanto mais cedo você intervém, mais cedo você tem um melhor resultado e um melhor prognóstico”.
Vanessa segue afastada das redes sociais, e sendo amparada pela família e amigos próximos. “Eu acho que duas palavras que me definem são alívio e medo. Alívio porque eu tenho uma base familiar e amigos que me apoiam muito e estão me apoiando muito nesse tempo, fazendo atividades físicas, e medo pelo julgamento. Às vezes acho que a minha geração é uma geração muito da correria. É uma geração muito do ‘aí tem que fazer aquilo, tem que fazer aquilo’, mas a gente primeiro para fazer algo, a gente tem que se cuidar”, concluiu.