A perna mecânica de Roberto Carlos sempre foi um dos maiores tabus relacionados à sua vida pessoal. O cantor evitava falar publicamente sobre o assunto, até que decidiu comentar o acidente em uma minissérie de quatro capítulos que está sendo escrita pelo jornalista Nelson Motta ao lado da roteirista Patrícia Andrade.
Em entrevista, o artista relembrou o atropelamento por um trem que sofreu em sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemirim (ES), quando tinha apenas seis anos. Após o acidente, Roberto Carlos passou a caminhar com uma prótese mecânica, que usa até hoje.
“Roberto contou que com 13/14 anos ele não tinha prótese na perna. Era aquela calça com alfinetinho e a muleta. Ele ia para o colégio, brincava…”, revelou Nelson Motta ao podcast W/Cast.
Segundo o jornalista, o pai de Roberto Carlos ouviu falar sobre um médico que produzia próteses no Rio de Janeiro (RJ). “Ele foi lá com o pai, mas não deu em nada. No terceiro hospital que eles foram, ouviram falar de um médico alemão. Vai ver foi treinado em algum campo de concentração ou era um inocente só. O fato é que o cara era um craque. O alemão botou uma bola de tênis para amenizar e construiu uma prótese para o Roberto”, completou.
O cantor teria ficado feliz da vida ao receber o equipamento e aproveitou para fazer o que mais gostava: dançar! Nelson contou: “Ele contou que saiu correndo, tropeçando, foi correndo pela praia. No dia seguinte, ele foi a um baile e dançou a noite inteira. Ele não teve nenhum problema em falar da perna, do acidente”.