Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.
Ana Hickmann abriu o coração e revelou detalhes da agressão que sofreu de Alexandre Correa pela primeira vez. No ‘Domingo Espetacular’ do último domingo (26) foi exibida uma entrevista com a apresentadora, em que ela revelou o que aconteceu na mansão de Itu (SP), a decisão de registrar um boletim de ocorrência, o divórcio, além da situação financeira da família.
Para Carolina Ferraz, Ana afirmou que, apenas agora, consegue relembrar a agressão sem chorar, relatando tudo o que aconteceu. “Já chorei muito, já gastei todo o meu estoque de lágrimas. Eu não achei que iria ter uma montanha russa de emoções. Minha vida tem sido de provações há bastante tempo”, ressaltou.
Naquele sábado, ela ressaltou que estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha de casa, sobre algumas mudanças que aconteceriam na vida da família por questões financeiras. “A gente sempre teve uma conversa aberta. Por causa dessa conversa e outras coisas que aconteceram antes, eu comecei a ser achincalhada pelo Alexandre. Começamos com a briga verbal e terminou do jeito como o Brasil descobriu.”
A apresentadora confirmou que houve uma agressão, mas garantiu que seu filho, o Alezinho, de 9 anos, não viu a cena. “Nós começamos a discutir. Ele começou a reclamar que eu não tinha o direito de falar assim com nosso filho. Que eu era louca e tinha que parar de traumatizar o menino. Eu falava: ‘A gente precisa prepara o Alezinho porque as coisas vão mudar, mais cedo ou mais tarde mudanças acontecerão e eu não quero que ele sofra’. Por esse motivo de admitir os problemas, que ele não gostou. A briga começou a ficar mais acalorada”, contou.
Na hora, o menino pediu para ambos pararem de gritar: “Não foi a primeira briga verbal que tivemos. Então, o Alezinho corre pra piscina. O Alexandre vai atrás dele dizendo: ‘sua mãe está mentindo, ela é louca’. ‘Para de mentir para o nosso filho, para de mentir para mim’ [disse Ana]. O negócio começou a esquentar. Eu pedi para a pessoa que trabalha lá em casa levar o Alezinho para a parte de trás da casa.”
A AGRESSÃO
Ana contou que a briga ficou ainda mais intensa depois que o filho deixou a cozinha. Foi quando Alexandre avançou em cima dela e só a soltou quando foi mordido pelo cachorro.
“A briga continuou, me chamando de louca, que eu estava descompensada. ‘Você vai me bater?’ Quando eu falei isso, a feição dele mudou completamente, ele veio sim para me dar uma cabeçada. ‘Se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia’. Falei, uma, duas, três vezes. Ele veio me abraçar. Quando ele estava perdendo na conversa, ele vinha e me agarrava com força. Ele começou a perder o controle mais ainda. Eu comecei a gritar muito: ‘Socorro, chama a polícia, 190!’. Nessa, eu consegui me desvencilhar dele. Fiquei com medo dele, eu tentava fechar a porta e ele tentando manter aberta. Ele fecha a porta na parte do meu cotovelo, acho que estava com a adrenalina e eu não senti dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim e latindo muito. Eu gritei ‘pega’ e o Joaquim [cachorro] pegou. O meu cachorro voou para cima dele e eu fechei a porta, as janelas. Quando eu sentei na mesa, o meu abraço já estava muito inchado”, disse.
Hickmann conseguiu pegar o celular e ligou para a polícia. “Eu liguei 190, foram 3 toques e a policial atendeu. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado, ele teria entrado na cozinha e eu não sei o que teria acontecido”, afirmou.
CASAMENTO ABALADO
Ana revelou que já estava tentando se separar de Alexandre outras vezes porque “ele sempre teve o temperamento muito difícil” e, portanto, ela se acostumou “a ouvir muitas coisas”. Entretanto, no final de 2022 a relação começou a piorar, já que ela notou que o marido estava escondendo algo.
“Eu fui tentar entender o que estava rolando, mas ele não deixava transparecer o que era. Eu preciso saber o que estava acontecendo. Foi onde eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Mas ele falava que estava tudo bem”, disse.
A apresentadora confirmou que existem dívidas, mas que não sabe o valor total porque ainda está apurando tudo. “Ainda não cheguei tão fundo”, afirmou. Na empresa da família, os dois tinham obrigações definidas. Alexandre cuidava do administrativo e do marketing, enquanto Ana ficava com a imagem e o design.
“Nós éramos um casal que construímos do zero tudo isso. Eu morria de orgulho de tudo isso. Eu me acostumei a dizer que é o jeito dele. Eu comecei a ver que não tinha mais amor ali. Era tudo um grande negócio. Ele está fazendo isso tudo para proteger vocês, era isso que eu tinha ao meu redor. Eu sempre fui uma mulher muito forte, mas ao mesmo tempo, eu dizia categoricamente, o único em quem eu confio é nele”, contou.
CRÍTICAS
Ana contou que vivia uma relação abusiva com Alexandre, que fazia críticas ao seu corpo e costumava controlar todos os seus horários. “Por que não está se cuidando, você está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha e gorda. Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa, ele determinava o dia da academia, do médico. Ele estava me perseguindo para a parte de cirurgia plástica”, afirmou.
Diante de tal situação, a apresentadora resolveu dar um basta na relação e se separar. Eles não estavam mais dormindo no mesmo quarto. “Chega, eu não sou um objeto. Marido e mulher aqui não existe mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão. Achei que iam receber, mas ninguém percebeu”, disse.
“Ele tinha o dom muito grande de me fazer sentir uma m*rda. Pela imprensa foi quando eu tive a certeza de que tinha muita mentira. Para de mentir para o nosso filho e para mim, eu não aguento mais isso. Pelo amor de Deus, fala a verdade. Foi assim que tudo aconteceu”, relembrou.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ana contou que dias antes da agressão, ela encontrou alguns documentos no escritório e descobriu a situação financeira da empresa da família. “Me machucou muito. Eu construí isso tudo e nunca devi nada para ninguém. E agora estou devendo para banco? Não é vergonha vender casa e apartamento. E eu comecei a achar mais coisa e foi ai que ele não gostou. Eu ainda não posso entrar em detalhes, o que eu posso dizer é que na quinta-feira que antecedeu a agressão na minha casa, eu encontrei documentos, cheques, muita coisa”, afirmou.
Ela disse que, possivelmente, algumas assinaturas são falsas. “Quando eu olhei, eu não consegui identificar para que serviam, se eram licitas ou ilícitas, assinaturas que eu tenho certeza que não são minhas, valores, que se passou por aqui, por que tudo isso esta acontecendo? Quando eu questionei, o que é isso? Você não vai me explicar? Foi a primeira vez que ele começou a ficar muito agressivo comigo”, revelou.
“Aquilo foi o pontapé inicial para muita coisa ruim acontecer. Existe uma grande investigação de fraude, desvio e falsidade ideológica. E eu tenho que esperar para saber o tamanho disso tudo”, afirmou.
SEM APOIO
Ana disse que não teve o apoio de pessoas próximas, que acabavam saindo em defesa de Alexandre pelo jeito “estressado” dele. “Eu também estou cansada e estressada, e não significa que posso maltratar as pessoas ao meu redor.”
A modelo lembrou que Alexandre tentou esconder tudo da imprensa quando a agressão estourou na mídia e foi a partir daí que ela começou a descobrir ainda mais dívidas. “Quando a primeira nota saiu, ele tentou esconder de todo jeito. Foi de um banco, na sequência vieram outros. Naquela semana que eu fui buscar mais informações dentro do escritório, ele começou a mentir cada vez mais e eu comecei a abrir as gavetas. Eu vi que meu problema não era só dívida de banco. Tinha muito mais, de outra natureza, e isso me faz ter bastante medo”, contou.
“Eu achei que tinha chegado em um momento da minha história que estava bem financeiramente, patrimônio, meu filho maravilhoso, não vou precisar fazer tudo o que fiz na minha vida. Construí isso tudo, agora vou poder viver o que sempre sonhei. Vou poder trazer a minha família para perto, por mais que ele tentasse tirar todo mundo de perto de mim, é uma das coisas mais especiais para mim e não vou perder nunca”, disse.
HISTÓRICO FAMILIAR
Ana contou que o pai era agressivo com a mãe e que presenciar uma das brigas dos pais foi o estopim para que ela decidisse denunciar Alexandre. “Meu pai nunca apareceu do meu lado, porque meu pai era um agressor. Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma.”
Por ser a mais velha entre os irmãos, Hickmann tomou a decisão de sair de casa com eles para que não presenciassem mais o comportamento violento do pai. Foi quando a mãe tomou a decisão de deixá-lo. “Ela só parou de aceitar os abusos quando eu estava com 13 anos, fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ele de casa, mas a violência não parou”, relembrou ela, que começou a trabalhar mais cedo para cuidar da família.
A estabilidade financeira da família, inclusive, era o que motivava as agressões do pai contra a mãe. “Ele se transformou em um cara que eu não conhecia, bem agressivo, por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições. Ele torturava a gente dentro de casa. Essa marca que eu tenho na minha mão… Ele voou para cima da minha mãe, abriu a cabeça dela, e eu vooei para cima dele e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa, aquilo estilhaçou comigo em cima. A única coisa que cortou foi a minha mão. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando”, declarou.
“Naquele sábado, ela esteve comigo em casa. Até então para ela, ele era um genro perfeito, que protegia todo mundo. Eu falei, ‘mãe eu não posso repetir o que a senhora fez'”, contou.
DELEGACIA
Ana contou que sentiu vergonha de ir à delegacia para denunciar Alexandre e que foi incentivada pelo advogado e pela delegada. “Dá vergonha? Muita. Ser escoltada por policiais até o hospital, e o médico perguntar o que aconteceu. Eu não falei que caí da escada. Isso foi ferimento causado por trauma de porta que foi fechada no meu braço. Ainda bem que não quebrei o braço”, afirmou. “Duas pessoas foram importantes para me incentivar. Um dos meus advogados que eu liguei e contei o que estava acontecendo. Ele disse: ‘Você sabe que quando entrar lá, você vai fazer até o fim’. E a delegada, que ainda insistiu para eu pegar a medida protetiva, você tem certeza? Eu não peguei a medida protetiva aquele dia. Eu fui uma tola de não ter feito isso. Eu senti muita vergonha. Eu não sabia como ia voltar para casa para encontrar meu menino”, desabafou.
PEDIDO DE DIVÓRCIO
Ana disse que o casamento com Alexandre chegou ao fim e que ela entrou com o pedido de divórcio na última quarta-feira (22) pela Lei Maria da Penha. “A lei está aí para nos proteger, eu dou notícia sobre isso todo dia. A lei está cada mais forte. Ela me protegeu muito”, disse.
“É muito mais rápido. O pedido de separação de corpos, o divórcio, muito mais rápido. Porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir. E a gente tem que saber isso, isso vale para todas. O ministério público não está ali para mim, serve para todas as mulheres. Para todas que passaram por isso. A gente só precisa saber usar e ter a coragem. Eu não sou mulher de malandro. Eu estou aqui machucada e fui machucada por muito tempo.”
Alezinho sabe da separação dos pais, mas não sabe de muitos detalhes. “Ele chora muito. Eu não vou falar nada para o meu filho [detalhes] porque quero que ele, quando crescer, tire suas conclusões. Ele não sabe que estou aqui gravando a entrevista. Ele sabe que o pai e a mãe não podem mais ficar juntos. Ele percebe que havia uma relação tóxica”, contou.
“Não era assim que eu tinha imaginado a minha família. Eu estou feliz que agora consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança primeiro, emocional, jurídica e física. Agora eu consigo falar.”
FUTURO
Diante da agressão, do divórcio e da situação financeira da empresa, Ana afirmou que não sabe como será o futuro, mas que irá recomeçar porque não tem medo.
“Se precisar beijar o chão, arregaçar as mangas e continuar, eu já estou fazendo. Em algum momento mais coisas terão que ser ditas, mas eu só posso fazer isso quando a justiça provar. Ninguém merece ser torturada de nenhuma forma e não estou falando isso para desmerecer a família, estou falando da figura de um agressor, de um covarde, de um canalha que acha que tem domínio sobre os outros. Eu dei poder para esse agressor. Lá atrás existia amor, e eu quis apoia-lo. Começamos a nossa história juntos e chegamos onde chegamos. Lutou pela familia e acabou protegendo um relacionamento que não era de verdade. Eu vou continuar cada vez mais verdadeira. Por ironia do destino, uma coisa que eu sempre apoiei, a causa da mulher, eu também fui vítima. Eu queria que esse pesadelo acabasse logo, mas eu sei que não vai. Eu ainda vou contar outro final para essa história”, afirmou.