Falecido na tarde desta quinta-feira (29) aos 82 anos, Pelé já havia escolhido o local onde seria enterrado há muitos anos. O lóculo, localizado no Memorial Necrópole Ecumênica, fica na cidade de Santos e tem vista para a Vila Belmiro.
A compra do lóculo foi oficializada ainda em 2003, quando Edson Arantes do Nascimento ainda tinha 63 anos e, segundo ele mesmo, planejava viver pelo menos até os 100: “Vou viver, pelo menos, mais três décadas. A minha avó morreu com 100 anos. Vivo prometendo que, ao completar um século, estarei dando o pontapé inicial de uma partida no Maracanã. Pode ser jogo da Seleção Brasileira ou do Santos. E vou entrar correndo em campo”, prometeu.
A motivação para a compra do espaço reservado para o momento da morte foi explicada pelo próprio Rei do Futebol, afirmando que o local não parecia um cemitério convencional. “Escolhi por sua organização, limpeza e estrutura. É um local que transmite paz espiritual e tranquilidade, onde a pessoa não se sente deprimida, sequer parece com um cemitério”, explicou ele.
Jair Arantes do Nascimento, o Zoca, irmão de Pelé e falecido em 2020, e Sandra Arantes do Nascimento, sua filha, que morreu em 2006, são outros integrantes da família que estão no cemitério localizado no litoral do estado de São Paulo.
Pelé será enterrado no nono andar do local, número escolhido em homenagem ao pai do ex-jogador: “Ele [pai] era centroavante e usava a camisa nove. Por isso, escolhi o andar com este número e que dá para ver o estádio. Com certeza, ele iria aprovar a ideia”, disse à época.
A MORTE DE PELÉ
Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, faleceu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos de idade. Ele foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), no dia 30 de novembro.
Ele havia sido diagnosticado pelos médicos com anasarca (inchaço generalizado), síndrome edemigênica (edema generalizado), “insuficiência cardíaca descompensada” e confusão mental. Também estava sendo avaliado se ele apresentava encefalopatia hepática.