Já é comprovado: os pets colaboram para a melhora de pacientes com depressão e doenças cardíacas, por exemplo.
Embora todo animal terapeuta deva passar por um treinamento, ele não precisa necessariamente ser disponibilizado por ONGs ou instituições. Ou seja, o bichinho do próprio paciente pode assumir essa função.
COMO FUNCIONA
Além de serem ótimos companheiros, os pets ajudam pacientes com os mais diversos problemas de saúde. É a chamada Terapia Assistida com Animais (TAA) ou Pet Terapia – termo mais usado.
“O contato de crianças, adultos e idosos com os bichos aumenta a produção de endorfina, que ao ser liberada estimula a sensação de bem-estar, conforto e alegria”, diz Luana Sartori, veterinária da Nutrire.
Os pets também servem para estimular a atividade cerebral e até mesmo diminuir a pressão arterial. Essa técnica terapêutica possui um programa a ser seguido.
Em Poços de Caldas (MG), no projeto Cãoterapia, que atende pessoas com deficiências na APAE, as atividades têm duração de 30 a 50 minutos e são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar (psicólogo, terapeuta, fonoaudiólogo…), responsável por orientar os exercícios aos pacientes.
ANIMAIS QUE CURAM
Infelizmente, nem todo bichinho nasceu para ser um terapeuta. Entre as características necessárias para a função, o pet precisa ser tranquilo, dócil e ter uma personalidade que permita ser abraçado, beijado pelas pessoas.
Os animais mais comuns com esse perfil são cães e cavalos. Mas outros bichos, como gatos, peixes, pássaros, aranhas, cobras e até botos também podem e são usados nesse tipo de técnica terapêutica.
Entretanto, segundo Rita Ferrari Paludo, gerente de gestão de pessoas na Nutrire, empresa idealizadora da Cãoterapia, o trabalho é bastante sério e exige alguns cuidados especiais.
“Os animais precisam estar aptos ao serviço de TAA. Um pet que estranha o paciente, por exemplo, pode causar o efeito contrário, trazendo um sentimento de rejeição extremamente prejudicial para esses alunos”, afirma.
CONTRAINDICAÇÃO
Qualquer paciente pode ser beneficiado, desde que não tenha medo do animal, alergia ou problemas de respiração.