Muitos já sabem dos benefícios que o passeio diário proporciona ao animal. Porém, algo que tem tudo para ser legal e proveitoso pode se tornar um verdadeiro pesadelo para muitos tutores.
São vários os problemas que podem surgir: latidos direcionados a outros animais ou pessoas, medo de barulhos (motos ou ônibus), puxar a guia excessivamente para chegar a algum lugar ou até mesmo o famoso “empacar”, se recusando a caminhar.
Independentemente do problema, todos esses comportamentos tendem a se intensificar devido a algum reforço – muitas vezes feito pelo próprio tutor, justamente por não saber como conduzir a situação.
E o resultado acaba sendo restringir o animal dentro de casa para evitar situações de estresse na rua. A melhor forma de reverter essa situação é começar treinando o foco do seu bichinho.
Inicie fazendo alguns comandos básicos dentro de casa (escolha um local com poucos estímulos para evitar que o animal se disperse). Conforme esses comandos vão evoluindo, passe a fazer essas repetições com estímulos cada vez maiores e mais próximos da rua, até que finalmente você consiga realizar os treinos no passeio.
Depois que o pet estiver focado em você, é o momento de realizar exercícios específicos para o problema que você está enfrentando. Nessa hora, pode ser que seja necessária a ajuda de um profissional para identificar os gatilhos corretos e, assim, evitar reforços indevidos.
No geral, treinos de dessensibilização e contracondicionamento se tornam indispensáveis para a resolução do problema e garantir um passeio saudável e seguro. É sempre bom lembrar que o uso da coleira é importantíssimo para a segurança do pet e dos outros animais ou pessoas envolvidas.
Escolha por marcas confiáveis e de materiais resistentes. Dependendo do porte do animal e gravidade do problema, pode ser necessário reforçar a segurança, utilizando mais de uma coleira ao mesmo tempo.
MARCELA BARBIERI BORO, zootecnista, médica veterinária, adestradora e franqueada da Cão Cidadão.