Compulsão é um dos distúrbios comportamentais que mais causam riscos ao animal.
É uma doença psicológica que produz um comportamento repetitivo por vários minutos ou horas e, muitas vezes, não interrompem nem mesmo quando começa a machucar, causando feridas e úlceras.
São vários os motivos que levam o animal a demonstrar esse comportamento.
Estudos associam a compulsão aos cães que já sofreram maus-tratos ou que não têm qualidade de vida; que ficam encarcerados ou possuem alguma restrição para realizar atividade física diária, como correr, brincar ou passear.
Com a urbanização, os animais estão sendo cada vez mais criados em apartamentos e até humanizados. Isso com certeza faz com que esse problema comportamental se torne cada vez mais comum.
O diagnóstico de compulsão nem sempre é detectado no início do comportamento, e isso dificulta no prognóstico da doença.
Por isso, é muito importante ficar atento aos sinais e ao primeiro sintoma. Nesses casos, recomenda-se recorrer ao veterinário para dar sequência ao tratamento.
Entre as compulsões mais frequentemente encontradas, estão a perseguição da própria cauda, mordedura do flanco, lambedura de patas, cavar excessivamente, perseguir luz ou sombra, coceira e obsessão por determinado objeto.
Reforço: se seu animalzinho apresentar qualquer um desses comportamentos, procure um veterinário imediatamente. O tratamento não é fácil e nem rápido.
O tutor precisa ter paciência e entender que essa doença vai depender de uma série de fatores para ser tratada. Algumas das mudanças de manejo, que provavelmente precisarão ser feitas, incluem controle de peso, promover atividade física diária e até acupuntura e tratamento medicamentoso.
Qualquer dúvida, recorra também a um adestrador profissional e, assim, saiba como lidar com esse distúrbio da melhor forma possível.
MARCELA BARBIERI BORO, zootecnista, médica veterinária, adestradora e franqueada da Cão Cidadão.