O que era para ser uma tarde comum de brincadeiras terminou de forma devastadora na cidade de Longney, na Inglaterra. No dia 10 de maio, Felicity Keepin, de apenas 3 anos, morreu após ser arremessada de um pula-pula por uma forte rajada de vento. O brinquedo, recém-comprado, estava instalado no quintal da casa da família quando foi levantado repentinamente por um redemoinho.
Segundo relatos apresentados em uma audiência no condado de Gloucestershire, o equipamento – com cerca de 3,60 metros de diâmetro – não estava preso ao chão. A força do vento foi tão intensa que lançou o brinquedo a uma longa distância até um campo próximo. Felicity chegou a ser levada de helicóptero ao Hospital Infantil Real de Bristol, mas faleceu uma semana depois, no dia 17 de maio.
O caso foi descrito pelas autoridades como um acidente trágico e imprevisível.
Fraturas e quedas: os acidentes mais comuns com pula-pula
O pula-pula, também conhecido como cama elástica, é considerado uma atividade de risco pela Academia Americana de Pediatria. E não é por acaso: estudos médicos apontam que fraturas, principalmente em membros superiores como punho, antebraço e cotovelo, são as lesões mais frequentes nesse tipo de brincadeira.
A faixa etária mais vulnerável aos acidentes é a de crianças com menos de 6 anos. Nessa idade, o corpo ainda está em desenvolvimento, com ossos mais frágeis e menor capacidade de coordenação. As quedas costumam ocorrer por colisões entre as crianças ou por pulos descontrolados.
Mais de uma criança no pula-pula? Atenção redobrada!
Segundo a literatura médica, 83% das lesões acontecem quando o brinquedo é usado por duas ou mais crianças ao mesmo tempo. E, em 60% dos casos, não há supervisão de um adulto no momento do acidente.
Outro dado que chama atenção é que 41% das fraturas exigem internação hospitalar. Muitas delas são desviadas e precisam ser corrigidas em centro cirúrgico, com anestesia e imobilização. Já os 59% restantes podem ser tratados com gesso, mas mesmo assim causam dor, afastamento escolar e impacto na rotina da criança e da família.

Pula-pula em casa: o maior vilão
As camas elásticas de uso doméstico estão entre as mais perigosas. Sem rede de proteção, com molas expostas ou mal fixadas, essas estruturas facilitam quedas para fora do brinquedo. Segundo dados médicos, esse tipo de equipamento é responsável por 57% dos acidentes relacionados ao pula-pula.
Como prevenir acidentes com o pula-pula
Para garantir que a diversão não vire dor de cabeça, é importante seguir algumas recomendações de segurança:
- Crianças com menos de 6 anos não devem usar o brinquedo.
- Sempre limite o número de crianças brincando ao mesmo tempo.
- Supervisione a brincadeira de perto – a presença de um adulto é fundamental.
- Escolha modelos com rede de proteção e barras acolchoadas.
- Evite camas elásticas em áreas externas nos dias de vento.
- Verifique se o equipamento está bem preso ao chão antes do uso.
- Oriente as crianças a não fazerem acrobacias ou pulos arriscados.
- Em festas, certifique-se de que há um responsável técnico acompanhando o uso.
Brincadeiras ao ar livre fazem parte da infância e são importantes para o desenvolvimento das crianças. Mas, como no caso de Felicity, o inesperado pode acontecer e, muitas vezes, poderia ser evitado com medidas simples. Ter informação, seguir orientações e supervisionar de perto são atitudes que salvam vidas.
Resumo
O pula-pula é um dos brinquedos mais usados por crianças, mas também um dos que mais causam fraturas. O caso trágico da menina Felicity Keepin, arremessada por um redemoinho, reforça a necessidade de supervisão, uso consciente e normas de segurança ao redor desse tipo de atividade.
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