Cuidar de uma criança vai muito além de prover alimentação, abrigo e educação. Envolve garantir o direito de crescer em um ambiente seguro, livre de qualquer forma de violência – física, emocional ou negligente. Essa é a mensagem central do Novembro Prateado, campanha de conscientização que mobiliza profissionais de saúde, educadores e famílias em defesa dos direitos da infância e adolescência no Brasil.
O movimento, com o tema “Direitos das Crianças e Adolescentes: somos todos iguais!”, tem como foco reforçar o que já está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): a proteção integral como princípio básico de cidadania.
A urgência de proteger o que ainda está em formação
Os temas que norteiam a campanha são trabalho infantil, desaparecimento, maus-tratos, violência sexual, alienação parental, estresse tóxico e vacinação. Eles refletem problemas que continuam presentes na rotina de milhares de famílias brasileiras. Cada um compromete, de formas diferentes, o desenvolvimento físico e mental de meninos e meninas.
O pediatra Antonio Carlos Turner, diretor técnico da rede de clínicas Total Kids, reforça que o Novembro Prateado deve ser visto como um lembrete da responsabilidade coletiva em garantir segurança e dignidade à população infantojuvenil.
“A campanha nos convida a reconhecer que crianças e adolescentes são menores apenas em tamanho e idade, mas nunca em seus direitos. O respeito a esses direitos é a base de uma sociedade justa e desenvolvida”, afirma o médico.
Segundo Turner, a conscientização é o primeiro passo para transformar realidades. “O trabalho infantil, por exemplo, compromete o desenvolvimento físico e mental, prejudica a frequência escolar e interfere diretamente na trajetória de vida dessas crianças”, completa.
Quando o cuidado é também denúncia
Além de atuar na prevenção, o pediatra destaca que os profissionais de saúde têm papel essencial na identificação e notificação de casos de violência. “O médico tem a obrigatoriedade de comunicar qualquer suspeita ou confirmação de maus-tratos, abuso ou agressão. Isso vale também para educadores, que estão entre os primeiros a perceber mudanças de comportamento nas vítimas”, explica o especialista.
A omissão, nesse contexto, significa perpetuar o ciclo de violências. Por isso, Turner defende que o tema seja tratado de forma permanente em escolas e unidades de saúde.

Resumo:
O Novembro Prateado reforça o compromisso da sociedade com a proteção integral de crianças e adolescentes. A campanha chama atenção para temas como maus-tratos, trabalho infantil, violência sexual e vacinação, destacando o papel de profissionais de saúde e educadores na identificação e denúncia de casos. Para o pediatra Antonio Carlos Turner, cuidar da infância é garantir o futuro de forma justa e humana.
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