Você já percebeu que os animais de estimação estão cada vez mais parecidos com os humanos? Alguns comportamentos se tornaram tão semelhantes que, às vezes, esquecemos que eles são pets.
O modo como tratamos nossos bichos mudou. Antigamente era comum cachorro apenas habitar o quintal e ter comportamentos característicos, como cavar, latir, roer e farejar. Hoje, essa mesma casa já o trata de forma mais próxima e inclusa na rotina da família.
Ele ganhou caminha perto do sofá e até um espaço na cama na hora de dormir. Isso estreitou ainda mais a relação do homem com o animal, mas alguns cuidados precisam ser tomados para garantir o bem-estar de todos.
É preciso entender que os animais não são seres humanos e, apesar de você tratar seu cãozinho como filho, algumas características da espécie precisam ser preservadas.
Na verdade, um animal que é obrigado a desempenhar atividades humanas, como andar de sapatos, vestir roupas com muitos acessórios, a passear apenas de carrinho na rua e ser impedido de caminhar para não se sujar, sofre muito!
A saúde dele pode ser prejudicada de várias maneiras, tanto física quanto psicológica, e o pet pode apresentar distúrbios de comportamento que começam a ser encarados pelo tutor como birra, má-educação etc.
O amor pelos bichos precisa ir além de abraços e beijos. Precisamos também respeitar as necessidades da espécie.
Tudo bem se você gosta de vestir o animal com roupinhas no frio e também não gosta das patinhas sujas já que ele vai subir na cama, mas tente manejar isso de uma forma benéfica para ele.
Passeie e limpe as patinhas depois. Evite roupas com muitos acessórios. Deixe o carrinho de bebê para ser usado apenas se seu animal possui alguma dificuldade de se locomover e deixe-o socializar e brincar com outros animais quando for para a rua.
Em casa, forneça atividades que estimulem o faro e a caça. Isso tudo o tornará mais feliz e a relação de vocês ficará ainda mais saudável e segura.
MARCELA BARBIERI BORO, zootecnista, médica veterinária, adestradora e franqueada da Cão Cidadão.