Quem cresceu assistindo a séries como Stranger Things, Gossip Girl ou High School Musical já se encantou com a ideia de viver aquele cotidiano típico de escolas americanas. Afinal, bailes de formatura, armários no corredor e clubes esportivos são elementos que despertam o desejo de muitos adolescentes brasileiros.
Mas o que antes parecia coisa de cinema hoje pode se tornar realidade. Fazer o High School nos EUA é uma experiência que vai muito além da sala de aula: é uma verdadeira imersão cultural, que permite ao estudante desenvolver o idioma, criar laços com pessoas do mundo todo e conhecer um novo jeito de aprender.
Estudar nos EUA vai além do idioma: é vivência e amadurecimento
De acordo com a advogada de imigração e CEO da Salvador Law, Larissa Salvador, o intercâmbio traz impactos importantes na formação pessoal dos adolescentes. “A experiência de fazer o ensino médio nos Estados Unidos vai muito além da sala de aula. Além de aprimorar o inglês, os estudantes têm a chance de desenvolver habilidades sociais, se adaptar a um novo ambiente e até abrir portas para oportunidades acadêmicas futuras no país”, afirma.
Em outras palavras, estudar nos EUA é muito mais do que dominar o inglês. Trata-se de aprender a viver longe de casa, lidar com diferenças culturais e encarar novos desafios com responsabilidade.
Entenda como funciona o processo para realizar o sonho americano
Embora o caminho até o intercâmbio exija planejamento, ele está longe de ser impossível. O primeiro passo é entender qual tipo de escola o estudante deseja frequentar: pública ou privada.
Esse detalhe define o tipo de visto necessário. Segundo Larissa, “para escolas públicas, normalmente se utiliza o visto J-1, com duração limitada. Já para instituições privadas, o visto F-1 permite permanecer por mais tempo, desde que o aluno continue matriculado”.
Além disso, é essencial se preparar com antecedência, pois cada escola tem exigências específicas. Isso inclui histórico escolar, testes de proficiência em inglês, como o TOEFL ou IELTS, e claro, a carta de aceitação da instituição.
O peso da escolha da escola ao estudar nos EUA
Nem todas as escolas americanas são iguais — e escolher a certa pode fazer toda a diferença. Muitas instituições dão grande importância ao desempenho escolar anterior e esperam que os estudantes tenham um bom nível de inglês logo na chegada.
Por isso, é importante reunir toda a documentação com cuidado, o que inclui o formulário I-20 (no caso do visto F-1), comprovantes financeiros da família e outros documentos solicitados pelo consulado americano. “O processo de obtenção do visto exige atenção a prazos e requisitos específicos”, reforça a especialista.
O que acontece depois do High School nos EUA?
Ao concluir o ensino médio nos Estados Unidos, surgem novas dúvidas: será possível continuar no país? Existe alguma chance de estudar ou trabalhar por lá?
A resposta é sim — desde que o estudante esteja preparado. O visto F-1, por exemplo, permite a solicitação do OPT (Optional Practical Training), uma permissão temporária para trabalhar na área de estudos. Isso pode abrir portas para uma faculdade americana e, com o tempo, outros tipos de visto. “Muitos alunos conseguem bolsas de estudo ou outras oportunidades acadêmicas que facilitam essa transição”, explica Larissa.
Realizar o sonho americano exige planejamento, mas vale a pena
Seja por alguns meses ou durante os três anos do ensino médio, viver essa experiência transforma a vida dos jovens. Com o planejamento certo e apoio da família, é possível transformar o sonho americano em uma jornada repleta de aprendizados, amizades e crescimento pessoal.
Mais do que uma linha no currículo, estudar fora amplia horizontes e inspira novos caminhos. Afinal, muitas das grandes histórias começam exatamente assim: com coragem para dar o primeiro passo.
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