Quando chegam as férias escolares, muitas famílias se veem diante de um dilema: como garantir momentos de lazer e descanso para os pequenos sem cair na armadilha das telas? Por mais tentador que pareça ceder ao tablet ou à TV para afastar o tédio, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode trazer prejuízos reais ao desenvolvimento das crianças.
O excesso de telas afeta não apenas o comportamento, mas o desenvolvimento emocional, social e neurológico dos pequenos. “Estudos mostram que o uso exagerado de celulares e tablets pode prejudicar a concentração, atrasar o desenvolvimento da linguagem, aumentar quadros de ansiedade e irritabilidade, além de dificultar o sono e diminuir a tolerância à frustração”, explica a psicóloga, hipnoterapeuta e arteterapeuta Brunna Dolgosky em entrevista à AnaMaria.
Além disso, crianças hiperestimuladas visualmente costumam ter mais dificuldade para brincar sozinhas, entender limites e desenvolver empatia. Por isso, as férias escolares são uma oportunidade para investir em atividades criativas e analógicas, que estimulem a imaginação, a autonomia e o vínculo afetivo com os adultos.
Sem aula, sem crise!
Para quem busca ideias, Brunna compartilha sugestões que fazem sucesso entre os pequenos e podem ser feitas com materiais simples:
- Pintura em cerâmica, telas ou caixas recicladas: além de divertido, o exercício reforça o reaproveitamento de materiais.
- Oficina de massinha caseira ou argila: excelente para trabalhar a coordenação motora e os estímulos sensoriais.
- Oficina de miçangas para criar joias e acessórios: uma forma lúdica de desenvolver a paciência e o foco.
- Teatro de fantoches ou encenação de histórias inventadas pelas crianças: solta a imaginação e fortalece a linguagem.
- Dia da fantasia: desfiles, maquiagem artística, apresentações improvisadas, tudo vale para viver outras personagens!
- Desenho nas costas: enquanto a criança sente as linhas nas costas, tenta reproduzir o desenho em uma folha à frente, estimulando percepção e atenção.
Joguem os dados (ou as cartas)!
Para os dias em que a energia parece sem fim, vale investir em jogos de tabuleiro que unem diversão e aprendizado. Selecionamos quatro opções que são sucesso garantido:
- Bananagrams (Galápagos) – Um jogo rápido e dinâmico de formação de palavras, que lembra um dominó com letras. Ótimo para estimular o vocabulário e o raciocínio rápido. Ideal para crianças a partir de 8 anos. Preço médio: R$ 94,80.
- Eu Sou…? (Estrela) – Esse jogo faz a alegria da criançada e até dos adultos! A brincadeira é descobrir qual imagem está na sua carta fazendo perguntas aos outros jogadores. Um jeito simples e leve de treinar a lógica e o raciocínio. Ideal para crianças a partir de 5 anos. Preço médio: R$ 56,90.
- Unstable Unicorns (Galápagos) – Esse jogo é sucesso entre a garotada! Afinal, quem não ama esses seres míticos? O objetivo é formar um exército de unicórnios e sabotar os adversários com cartas especiais. Além de divertido, ajuda a desenvolver estratégia e atenção. Ideal para crianças a partir de 8 anos. Preço médio: R$ 119,99.
- iTO (Meeple BR) – O iTO propõe desafios criativos em que os participantes precisam alinhar suas respostas e perceber como pensam em grupo. Rende boas risadas e é ótimo para a socialização. Indicado para crianças a partir de 12 anos. Preço médio: R$ 106,60.
Tempo para criar laços que vão além da diversão
Mais do que manter os pequenos ocupados, as férias são um convite para criar memórias afetivas e fortalecer os laços familiares. “Brincadeiras analógicas sustentam a formação emocional da criança porque, ao brincar, ela aprende a esperar, a negociar regras, a lidar com o corpo, a explorar o espaço e a entrar em contato com seus próprios pensamentos e emoções”, reforça Brunna.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (4 de junho). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
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