Uma reunião de família terminou de forma trágica no último fim de semana no interior de São Paulo. Dois irmãos de 4 anos morreram após um acidente em uma piscina durante uma confraternização. O caso, que ainda está sob investigação, chama atenção para um risco que se repete todos os anos, especialmente em períodos de calor, férias escolares e festas em casas com área de lazer.
Situações como essa costumam acontecer em momentos de distração coletiva, quando muitos adultos acreditam que outra pessoa está observando as crianças. Em poucos minutos, o silêncio e a ausência de sinais claros podem transformar a piscina em um ambiente de alto risco.
O que aconteceu?
As vítimas foram Yasmim de Morais Brito, de 4 anos e 4 meses, e Gaels da Silva, de 4 anos e 11 meses. O caso ocorreu em uma chácara alugada na cidade de Dracena, onde a família participava de uma confraternização no sábado, dia 20.
De acordo com as informações registradas no boletim de ocorrência, as crianças se afogaram na piscina do local. Um familiar percebeu a situação e tentou socorrê-las. As manobras de reanimação não tiveram sucesso, e os irmãos foram levados em um carro da família em direção ao hospital.
No caminho, o grupo encontrou uma viatura do Corpo de Bombeiros, que iniciou o atendimento imediatamente. Apesar dos esforços, as mortes foram confirmadas no Pronto Atendimento Municipal da cidade.
Investigação segue em andamento
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso, registrado como morte suspeita. Exames foram solicitados ao Instituto Médico Legal, e as diligências continuam para esclarecer as circunstâncias do acidente. Os corpos foram sepultados no domingo, dia 21, no município de Panorama, também no interior paulista.
Casos como esse não são isolados e costumam levantar discussões sobre responsabilidade, prevenção e falhas comuns na supervisão de crianças pequenas em ambientes com água.
Por que piscinas representam tanto risco para crianças?
O afogamento infantil costuma ser rápido e silencioso. Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, a criança não grita nem se debate de forma evidente. Bastam poucos minutos para que a falta de oxigenação provoque consequências graves.
Piscinas residenciais, especialmente em chácaras e casas de veraneio, frequentemente não contam com barreiras físicas adequadas. Em festas e reuniões, a atenção dos adultos se divide, aumentando o risco de que uma criança se aproxime da água sem que ninguém perceba.
Dicas essenciais de segurança em piscinas com crianças
Algumas medidas simples reduzem significativamente o risco de acidentes:
Nunca deixar crianças sozinhas na área da piscina, mesmo que saibam nadar. A supervisão precisa ser constante e ativa.
Designar um adulto responsável exclusivamente pela vigilância, evitando a ideia de que todos estão olhando ao mesmo tempo.
Instalar cercas de proteção com portão travado ao redor da piscina, especialmente em casas e chácaras.
Evitar boias e infláveis como substitutos de supervisão, já que eles não impedem afogamentos.
Manter objetos de resgate próximos, como boias rígidas e cabos, e saber acionar rapidamente o socorro.
Ensinar desde cedo noções básicas de segurança na água, respeitando a idade da criança.

Em encontros familiares, o risco aumenta justamente porque o ambiente parece seguro. Crianças se movimentam livremente, adultos conversam, e a vigilância se dilui. Ter regras claras, limitar o acesso à piscina e combinar previamente quem ficará responsável pela observação são atitudes que fazem a diferença.
Resumo:
Dois irmãos de 4 anos morreram afogados em uma piscina durante uma festa de família em Dracena, no interior de São Paulo. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. A tragédia reforça a importância da supervisão constante, do uso de barreiras de proteção e de cuidados básicos para evitar afogamentos infantis em piscinas.
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