Zilu Godoi está feliz da vida. Ela e Marco Ruggiero celebraram nove meses de namoro na última quinta-feira (25). Apaixonado, o fotógrafo publicou uma declaração em seu Instagram.
“Obrigado por me fazer tão feliz, e volta logo que estou aqui sentindo a falta de um pedaço em mim! Te amo. Feliz 9 meses”, escreveu.
Acompanhado pelo grande público, o fim do casamento entre Zilu e Zezé foi bastante tempestuoso. No entanto, os dois seguiram em frente e voltaram a ser felizes com seus novos pares.
Quer fazer o mesmo em sua própria vida? AnaMaria dá as dicas!
VENÇA O MEDO
A psicanalista Gisela Azevedo, de São Paulo (SP), conta que o receio da separação, muitas vezes, está ligado à insegurança de como seguir adiante sem aquela pessoa ao lado. Também existe o medo de viver uma nova vida, diferente da rotina já estabelecida há tempos.
Algumas pessoas ainda temem se separar por questões sociais ou morais, como uma possível rejeição da sociedade (“o que vão pensar de mim?”), não saber como contar para a família e amigos (“como vou encarar as pessoas agora?”) ou mesmo alguma culpa religiosa (“eu jurei no altar que seria pra vida toda”).
“Em todos esses casos, existe o medo do olhar do outro, do julgamento e a insegurança de se ver capaz de se reinventar ‘sozinho'”, avalia a especialista. No entanto, ela lembra de uma citação de Freud: “quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”.
“E nessa mudança, uns sentem alívio pela coragem de dar um novo passo na direção de um novo caminho e outros se vêem surpreendidos com essa informação”, diz Gisela.
MEU EX JÁ SEGUIU EM FRENTE. E AGORA?
A maioria de nós quer mostrar ao outro que está bem, especialmente quando falamos de uma separação. E quando percebemos que o ex refez a vida antes, ou muito mais rápido do que a gente, vem uma certa sensação de impotência.
Normalmente, segundo a psicoterapeuta, é normal ter pensamentos do tipo: “o que eu estou fazendo aqui parado(a) no tempo” e, até mesmo, um sentimento de raiva. Afinal, pensamos que o outro está seguindo a própria vida “e eu estou aqui ainda juntando os caquinhos emocionais que ficaram espalhados”.
“Todas essas inflexões são relacionadas ao ego, onde nos sentimos como um ramo cortado da árvore”, explica a especialista. “Isso ativa o medo e a carência, pois inconscientemente o ego investe muito no sofrimento e na dor, na intenção de sustentar uma falsa ideia de identidade.”
JUNTE OS CAQUINHOS
Um bom meio de seguir em frente é conhecer a si mesmo melhor e avaliar as possibilidades que se têm agora. Nem que para isso seja necessário conversar com amigos ou familiares próximos. Também vale passar por um processo analítico ou terapêutico, meditação, inscrever-se em algum curso que gostaria de fazer ou qualquer outra prática que permita que a pessoa tenha um contato maior consigo mesma.
“Sempre oriento a pessoa a buscar referência de quem ela era antes do ex-companheiro(a) ter aparecido em sua vida”, explica a psicoterapeuta. Aí, vale lembrar o que gostava genuinamente de fazer, onde costumava ir, com quem gostava de estar.
Outra ideia é ir ainda mais longe e buscar na infância coisas que amava fazer e por alguma razão acabou abandonando, como cantar e dançar, por exemplo. “Encontrar-se consigo mesmo e buscar as respostas que já estão contidas ali dentro, resgatando assim o seu AMOR PRÓPRIO, que servirá de melhor amigo e um guia incrível nessa nova jornada em que se viu convidado(a) a trilhar”, diz Gisela.
NOVO AMOR
Como sei que estou bem emocionalmente para começar um novo relacionamento? Essa é a melhor fase! Trata-se de um momento em que a pessoa recobra a autoconfiança, fica seguro(a) de si, do que se quer, de como quer, além de tomar consciência de seus limites.
Ou seja: sobre até onde é capaz de ir e também do que não mais irá permitir que aconteça. “Temos uma reconexão conosco mesmo, a restauração de um amor próprio e uma maior clareza sobre autoresponsabilidade”, diz Gisela.
Tudo isso é fundamental para que se possa ter uma nova relação leve e de modo saudável, onde ambos possam ser amados e aceitos por aquilo que são. “A pessoa precisa saber respeitar o outro nos pontos onde divergem, propiciando uma relação verdadeira, aberta ao diálogo, harmônica e duradoura”, avalia.