Fim de ano não é sinônimo apenas de festas. Na realidade, para muitos jovens é uma época intensa e importantíssima: a de prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e o vestibular. Para passar numa boa faculdade e garantir um futuro promissor, deve-se estudar muito, sim. Mas não adianta só ler, ler e ler! É preciso criar uma rotina de estudos em que o aluno absorva o conteúdo, sem decorebas. E a família é fundamental nesse processo! Eduardo Valladares, gerente pedagógico da plataforma de educação on-line Descomplica, e Jane Rapoport, orientadora pedagógica da Escola Dínamis (RJ) dão dicas sobre como ajudar os jovens nessa reta final!
O poder da “lição de casa”
Frequentar as aulas na escola ou no cursinho e assistir a videoaulas todos os dias não é o suficiente para o aluno alcançar seu objetivo de conquistar a tão sonhada vaga na universidade. Ouvir atentamente as explicações dos professores, tirar as dúvidas assim que elas aparecerem, ler e sublinhar o que é mais importante e revisar sempre o conteúdo ajuda a aprender. Mas, segundo os especialistas, é na hora de fazer os exercícios em casa que o aluno consegue ter certeza de que está dominando a matéria. Passar a limpo as tarefas e atividades feitas em classe e refazer as provas anteriores completam uma rotina de estudos eficiente.
A importância do Enem
Criado em 1998 com o objetivo de diagnosticar a qualidade do ensino médio no país, atualmente o Enem é a principal forma de acesso para as universidades públicas brasileiras. Ele também serve de seleção para programas do governo como o Prouni (que oferece bolsas de estudos para instituições particulares) e o Fies (que disponibiliza financiamento estudantil com juros baixos a alunos carentes). No ano passado, 5,8 milhões de candidatos fizeram o exame. As inscrições para o Enem 2016 já foram encerradas e as provas serão aplicadas no final de semana dos dias 5 e 6 de novembro, a partir das 13h.
O ambiente é tudo
O local de estudos ajuda (ou atrapalha) muito o processo de aprendizagem. Veja no que você não pode descuidar:
Nada de bagunça! Por perto, apenas o que pode ajudá-lo nos estudos: caderno, livro, lápis, caneta, borracha, dicionário…
Num ambiente mal iluminado a gente precisa fazer mais esforço, o que provoca cansaço. O ideal é luz branca. As amareladas
dão sono!
O aluno deve ficar longe de objetos que dispersam a atenção, como celular, computador, revistas… Deixe tudo guardado!
O espaço precisa ser sossegado, silencioso e arejado. De preferência, deixe as janelas abertas.
Uma mesinha é fundamental. Estudar deitado tira a concentração e, passado algum tempo, provoca sonolência.
Fundamental a cadeira ser confortável! Os pés devem encostar no chão e os antebraços precisam ficar na altura da mesa.
Aproveitando cada minuto
Em geral, cerca de dez matérias caem nesse tipo de prova. Portanto, se o aluno não souber administrar bem o tempo, será impossível estudar tudo a tempo sem ficar maluco. Confira as principais recomendações dos especialistas para seu filho
aproveitar de verdade cada minuto sem, é claro, abrir mão do lazer:
Não tem jeito, é preciso estudar todos os dias. Caso contrário, as matérias vão acumulando e chegará ao ponto em que não será
mais possível recuperar.
O aluno deve seguir uma alimentação leve e saudável para não sentir moleza nem sonolência após as refeições e prejudicar os estudos.
O ideal é estudar duas matérias por dia, cada uma por 1 hora. É bom dar um intervalo de, pelo menos, 40 minutos entre elas.
Aproveite para lanchar!
É preferível estudar as matérias mais difíceis no começo da semana, pois é quando estamos mais descansados e assimilamos
melhor o conteúdo.
Para não confundir, o aluno deve estudar no mesmo dia matérias que não tenham a ver entre si. Ex: matemática e filosofia ou biologia e geografia.
No fim de semana, leia gabaritos de provas anteriores e resumos feitos na semana. Aproveite para descansar e não se esqueça do lazer!
A família pode ajudar
Engana-se quem acha que só pode auxiliar o filho nos estudos os pais que têm conhecimento do conteúdo. “A família ajuda apoiando na organização da rotina e do cronograma a ser seguido pelo aluno. Além disso, numa simples conversa pode surgir um assunto da atualidade que o ajudará numa questão ou até mesmo na hora da redação”, afirma Jane.