Qual é o momento de tocar no assunto?
As questões que envolvem o trabalho estão presentes desde sempre, tanto que “o que você quer ser quando crescer?” é uma das perguntas mais comuns na infância. Quando ela surgir, incentive-os a fantasiar bastante sobre as possíveis ocupações. Conforme forem crescendo, introduza outras informações: explique o que você faz e a importância do trabalho; fale sobre aposentadoria, férias… Tudo isso vai ajudar a construir a visão deles sobre o que é trabalhar.
E depois?
- Com o passar do tempo, a curiosidade vai ficando maior. Durante o Ensino Médio, o peso da decisão começa a aparecer.
- Para aliviar a tensão:
- Incentive-o a buscar em sites confiáveis e não tendenciosos: falar muito bem ou muito mal de uma atividade não é bom sinal.
- Conte tudo o que sabe sobre a área que ele tem interesse. Se conhecer alguém que trabalhe nisso, ponha os dois em contato para ele tirar as dúvidas.
- Faça-o participar de feiras de profissões. Elas ajudam bem!
Ele está escolhendo errado… E agora?
Você já teve a oportunidade de fazer essa opção! Respeite a vontade dele! Mas isso não a impede de alertá-lo sobre possíveis enganos. Por exemplo, se ele quer medicina, você pode lembrá-lo de que o curso é concorrido. Se quiser administração, mas não gostar de matemática, chame a atenção para o que estudará.
Orientação vocacional é uma boa mesmo?
A partir do segundo ano do Ensino Médio, é aconselhável procurar ajuda de um psicólogo. Nessa fase, o jovem terá mais bagagem para aproveitar a consulta. Faculdades de psicologia costumam oferecer esse serviço gratuitamente.
E o mercado?
Ter o sonho de seguir tal carreira conta muito para que sejamos bons profissionais. Mas pesquisar sobre o retorno financeiro que determinada área trará também é legal para não se frustrar ao optar por uma profissão que já está saturada. Veja algumas das mais promissoras do momento:
Engenharia: Existem vários tipos, entre elas civil, ambiental, mecânica, química e de alimentos. No Brasil, os engenheiros estão em falta: para se ter uma ideia, a cada ano a demanda por esses profissionais aumenta pelo menos 50% a mais do que era no ano anterior.
Tecnologia: É outra área que sofre com a falta de profissionais qualificados. Ela deve crescer cerca de 5% nos próximos anos. A tendência é que a demanda por aplicativos e outras tecnologias em fases iniciais aumente bastante. Por isso, quem se especializar nisso pode se dar bem.
Saúde: Muitos hospitais e laboratórios farmacêuticos estão ampliando os negócios – notícia boa para os médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e até administradores. Parte disso se deve à expectativa de vida que está aumentando, e também aos novos investimentos do governo na área.
Finanças: Este campo envolve a gestão financeira, a administração, os bancos e as corretoras. Se pensarmos que atualmente 70% dos automóveis não são assegurados, podemos dizer que, principalmente, as corretoras ainda vão crescer. Além disso, estão sendo criados seguros para celulares, para animais…
Comércio exterior: Graças à internacionalização das marcas, esses profissionais estão sendo muito procurados. Inclusive, em algumas empresas, pessoas que não pertencem à área estão ocupando as vagas em aberto por falta de funcionários qualificados. Vale a pena investir aí!
Mercado de luxo
Mesmo com a crise, essa área tem crescido cerca de 4% ao ano. Geralmente, as empresas do ramo procuram pessoas descoladas, que gostem de viajar, de ler e que saibam falar inglês fluentemente.
P.S: Não é só porque uma área está em alta que o emprego é garantido. O profissional tem que buscar conhecimento, conviver bem em equipe, estar sempre atualizado e ser criativo para se destacar no mercado de trabalho.
Fontes: Delba Barros, coordenadora do Programa de Orientação Profissional da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Ludmilla Torres, da Sociedade Brasileira de Coaching.