1 Educação financeira
Ter, desde cedo, uma mesada (e não dinheiro em abundância) é vital para não gerar adolescentes famintos por novas roupas, tênis… Gastar descontroladamente empobrece a personalidade, asfixia o altruísmo, o prazer de viver e a autonomia. O jovem deve gerir sua emoção para saber que rico é quem conquista o que o dinheiro não pode comprar, como amor, autoestima, cooperação e capacidade de empreender. Filhos que não têm limites em seus gastos, não terão limites na vida.
2 Arrumar a cama
Ensinar que a cama é um solo sagrado para repor as energias é importantíssimo. Arrumá-la pela manhã após uma agradável noite de sono deveria ser um ritual prazeroso e não tedioso.
3 Guardar pratos e talheres
Tarefas simples (que não afetam o corpo, mas as levam a fazer parte do grupo familiar) são fundamentais para entenderem que a família é um time onde todos participam e se ajudam. Os filhos não estão no banco de reserva. Eles devem se sentir atores no teatro familiar. Quem só tem direitos e não deveres se torna um ditador. Se não aprender desde cedo a lidar com limites será egocêntrico, transformará seus pais em serviçais e desejará que o mundo gire ao seu redor.
4 Realizar tarefas escolares
Elas são sagradas e devem ser feitas com ritmo e disciplina. Estudar de 15 a 30 minutos a matéria dada no dia (e recordar seus pontos principais) é uma forma de dar um salto no rendimento intelectual. Pais não deveriam ser babás dos filhos, fazendo tarefas por eles ou cobrando responsabilidade. Se não realizarem a tarefa escolar tão logo almocem e descansem, explique a necessidade e mostre as consequências: não terão celular, games, TV por um período – sem elevar o tom de voz e se irritar.
5 Usufruir do celular com muita inteligência
A intoxicação digital é uma fonte de ansiedade, por isso seguem algumas diretrizes sobre como lidar com ele:
■ Nunca use o aparelho duas ou três horas antes de ir dormir. Isso prejudica o sono.
■ Crianças até 7 anos não deveriam ter celular, mas, sim, brincar, estar em contato com a natureza e se aventurar. Dos 7 aos 10, o melhor é limitar o uso para meia hora por dia. Pré-adolescentes podem usar uma hora por dia (metade após a tarefa de casa e metade à tarde, após as brincadeiras). Já o uso na adolescência deveria se restringir de uma a duas horas por dia, inclusive as redes sociais. Parece pouco, mas não é. Quando vivíamos sem celulares, havia menos depressão, ansiedade e doenças psicossomáticas. Os celulares são importantes para a comunicação, mas isso não é desculpa para usar seus aplicativos descontroladamente.
Smartphones viciam como drogas, promovem ansiedade e irritabilidade.
6 Usar games com inteligência
Alguns jogos não violentos estimulam a concentração, a elaboração do raciocínio e a construção do pensamento estratégico, promovendo a cognição. Porém, mesmo esses devem ser usados com maturidade. Os movimentos rápidos, a troca de cenas e as surpresas moldam a mente humana em um ritmo frenético, o que turbina a ansiedade e a insatisfação crônica. O usuário de videogame desenvolve sede dessa avalanche de estímulos no ambiente social, mas não a encontra – o que o faz se entediar com frequência. O ideal seria não jogar videogame mais do que uma ou duas horas diárias, no máximo três vezes por semana.
7 Ter horário para a prática de atividades físicas
Esportes devem ser encorajados. Os jogos coletivos ensinam as crianças e os jovens a lidar melhor com limites, competir, enfrentar
frustrações, trabalhar em equipe e cooperar com os colegas também.
8 Saber conquistar
Atender aos pedidos das crianças na velocidade que elas exigem as desprepara para a vida. Devemos suprir as necessidades dos filhos e, dentro do possível, dar alguns presentes para alegrá-los, distraí-los e envolvê-los. No entanto, as principais coisas da vida são conquistadas muito lentamente. E todas as vitórias implicam em perdas pelo caminho. Lidar com o tempo e com as adversidades dele é sinônimo de amadurecimento.