1. Entenda as necessidades nutricionais infantis
Você alguma vez reclamou que seu filho come pouco ou incentivou a criança a ficar na mesa até que raspasse o prato para não desperdiçar a comida? Essas práticas, apesar de comuns, não são as mais adequadas quando o assunto é alimentação na infância. Isso porque as necessidades das crianças, tanto em quantidade quanto em variedade, são diferentes das dos adultos. Pense bem: nascemos sabendo quanto é necessário ingerir em cada refeição para nos sentirmos satisfeitos. Mas se alguém nos força a comer mais do que precisamos, podemos ficar confusos – e acabar perdendo essa percepção interna. Tente não forçá-la.
2. Observe seu comportamento
As características da nossa personalidade são únicas. Alguns adultos são mais tímidos, outros mais extrovertidos e assim por diante. Com as crianças não é diferente. Algumas querem a presença intensa dos pais durante as refeições, pedindo ajuda para se servirem, cortarem a carne… Outras são mais independentes e preferem ter certa liberdade e autonomia. Nesse caso, ficar muito em cima, perguntando se quer ajuda ou se já terminou, pode até irritá-lo. Perceba como seu filho age e procure se adequar às necessidades dele.
3. Mostre de onde vêm os alimentos
É comum que as crianças se recusem a comer alguns tipos de alimento. Às vezes, elas implicam com uma cor (por exemplo, o verde) e decidem que não vão colocar ingredientes com essa característica no prato. Uma forma de driblar essa seletividade é incluindo o pequeno na rotina de compra e preparação da comida, para que ele entenda sua origem. Dê um passeio na feira, no supermercado… Mas cuidado para não ficar ansiosa ou autoritária demais! Caso contrário, a criança pode sentir que existe muita expectativa em cima dela e se retrair. Transforme esses momentos em um hábito tranquilo, ou seja, incorpore-os naturalmente à rotina da casa. Se ele gostar do ritual de comprar o alimento, pode gostar de comê-lo.
4. Dê bons exemplos e não faça as coisas escondido
De nada adianta proibir seu filho de tomar refrigerante se tem duas garrafas da bebida na porta da geladeira… Imagine como não é difícil para os pequenos entender por que os adultos podem ter acesso a um determinado tipo de comida e eles não. Afinal, os pais são vistos como heróis e suas ações querem ser copiadas. Quando os mais velhos apreciam comer de maneira saudável e praticar exercícios físicos, fica bem mais fácil para a criançada se envolver nessa rotina.
5. Não gostou? Tudo bem: tente mais 11 vezes!
De acordo com a especialista, só é possível afirmar que a criança não gosta de um determinado alimento depois que ela experimenta o ingrediente 12 vezes. Mas não confunda as coisas: não se trata de insistir para que ela prove o mesmo prato de novo e de novo. É preciso tentar diferentes temperos, formas de preparação e variar até mesmo o ambiente e as circunstâncias em que eles são apresentados. Por exemplo: se ela experimenta a beterraba crua ralada durante o jantar e não gosta, tente um suco com beterraba pela manhã ou uma torta com recheio de beterraba no domingo, na casa da vovó. É bem provável que ela mude de ideia!
6. Cuidado com a armadilha do paladar viciado
Bebês não sentem a necessidade de salgar ou adocicar a comida como nós sentimos. No entanto, conforme os alimentos industrializados nos vão sendo apresentados, é possível que, ainda na infância, nosso paladar se modifique. Como essas comidas são ricas em sódio e corantes, as opções naturais vão parecendo cada vez mais sem gosto perto dessas, que são exageradamente condimentadas. Por isso, o ideal é limitar o acesso dos pequenos a elas, para que não se viciem. Mas não se assuste: se acontecer, é mais fácil reverter esse quadro na infância do que na vida adulta. Não perca tempo e volte a investir na alimentação natural do seu filho – para que ele não deixe de apreciar os alimentos que realmente fazem bem para a nossa saúde!