Luciana Gimenez iniciou a carreira de modelo aos 13 anos, desfilando para várias grifes internacionais. Em 2001, estreou na televisão, na RedeTV!, tornando-se mais conhecida do público ao comandar o Luciana by Night e o SuperPop. Ainda passou pelo cinema em Xuxa e os Duendes e O Filme dos Espíritos.
Apresenta o programa Operação Cupido, na mesma emissora, e segue a todo vapor com seu canal no YouTube, o Gimenez na Real, onde recebe famosos para um bate-papo descontraído e cheio de dicas.
Conhecida por falar o que pensa, ser determinada e saber bem o lugar que ocupa na sociedade, ela é apoiadora da Campanha Sinal Vermelho, lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), cuja proposta é ajudar as vítimas de violência doméstica: “Como não apoiar uma campanha tão importante como essa? Precisamos ficar atentas à violência física e psicológica – aliás, esta última em especial, pois é calada, vedada e muito perigosa!”, pontua.
Mãe de Lorenzo Gabriel e Lucas Maurice, aos 52 anos, Luciana segue vaidosa e sempre ligada nos cuidados com o corpo, mas também muito bem resolvida: “A vida começa todos os dias. A maturidade me trouxe uma inteligência emocional muito boa. Sou uma mãe melhor, uma profissional mais atenta e uma mulher mais verdadeira comigo mesma. Sei como nunca de meus limites e barreiras, mas agora entendo bem que sou livre para ser feliz a qualquer momento da minha vida”. Sábia que só!
Confira a entrevista completa:
A que você atribui tamanho sucesso do SuperPop – um programa com nada menos que 20 anos no ar?
O SuperPop é cult! O programa já falou sobre tudo, já recebemos todo mundo. Costumo dizer que aprendo a ser apresentadora todos os dias. Já tive a oportunidade de contar a história dos últimos 20 anos do nosso País sob a ótica do programa, que nunca virou as costas para a verdade cotidiana do País e do povo brasileiro.
Se teve alguma apresentadora de TV que aprendeu no ar a se virar, esse alguém podemos dizer que foi você. Qual o segredo de tanto traquejo?
Desde pequena, sempre fui muito agitada, gostava de estar na TV. Minha mãe [Vera Gimenez] foi uma das grandes estrelas da Globo, eu a acompanhava muito no Programa do Chacrinha quando menina. Nas festas de aniversário das minhas amigas de infância, eu entrevistava todo mundo.
Você sempre almejou a fama?
Sim, desde criança. Sempre tive esse sonho de trabalhar, acho que é uma coisa que vem de família. Inclusive, porque minha mãe era atriz, como eu falei antes. Então, era uma coisa natural. Mas, acredito que, com relação à fama, é muito importante que a pessoa tenha um preparo e uma vontade, porque não é algo leve. De repente você é conhecido de todos e, num estalar de dedos, deixa de ser. É uma situação bastante delicada. Se você não almejava isso, precisa ir com bastante calma e serenidade. Caso contrário, não dará certo como uma pessoa pública. Isso é fato!
Aos 52 anos, você exibe um corpo definido, enxuto. Muito sacrifício para manter a boa forma?
Eu malho e cuido muito da minha saúde, mas vejo que várias mulheres na minha faixa etária também se cuidam e estão também bem mais dispostas para a vida…
O avançar da idade assusta?
A questão da autoestima não dá pra gente apontar uma coisa só, mas uma junção de várias coisas. Olhando para trás, eu fui modelo muito cedo e, nessa categoria, muitas mulheres são criticadas e têm o dedo apontado para coisas que não são boas no corpo. Faz parte do trabalho, porém acho que isso mexeu bastante comigo. Por isso, sempre foco nas coisas que eu gostaria que fossem melhores, entende? Essa exigência comigo mesma, de ter tudo perfeito desde muito cedo, acaba sendo a raiz do problema, de certas cobranças…
A vida realmente começa depois dos 40? Quais as vantagens e desvantagens da maturidade?
A vida começa todos os dias. Você acorda com uma nova possibilidade todos os dias, você pode fazer diferente, aprender a errar e acertar diariamente. A vida é uma roda-gigante. Uma hora você está em cima e, em outra, embaixo… Mas ela nunca pode parar. Não importa a velocidade, e sim a chegada. Entende? A maturidade me trouxe uma inteligência emocional muito boa. Sou uma mãe melhor, uma profissional mais atenta e uma mulher mais verdadeira comigo mesma. Sei como nunca de meus limites e barreiras, mas entendo que sou livre para ser feliz a qualquer momento da minha vida!
Apesar de sempre ser muito elogiada por sua beleza, em entrevista, você já revelou sofrer de baixa autoestima. Por quê?
A baixa autoestima é um processo que nós, em sua maioria, sofremos por conta dos nossos amigos hormônios, mas, no fundo, toda mulher tem uma força interna maravilhosa. Descubra a leoa que existe dentro de você e será feliz, minha amiga, pois o tempo é o nosso bem mais precioso!
Você acredita que a beleza exterior é reflexo de como anda nosso estado emocional?
Com certeza, a beleza começa no interior, e não é conversa de autoajuda, é real! Toda beleza vem de dentro, você é o espelho da sua alma. Somos física quântica, pura energia.
O que a motivou a apoiar a Campanha Sinal Vermelho, que tem como causa as vítimas de violência doméstica?
Como não apoiar uma campanha tão importante como essa? Considero um absurdo a violência contra a mulher em qualquer sentido. Precisamos ficar atentas à violência física e psicológica – aliás, esta última em especial, pois é calada, vedada e perigosa!
Que tipo de mãe você é? Considera-se ciumenta com os meninos?
Leoa! Pode imaginar? Eu sou superprotetora, sou a melhor amiga, mas sou a mãe. Consegue visualizar? Não me considero ciumenta, sou atenta à educação dos meninos, gosto de participar, sou aquela mãe que incentiva tudo que os possa torná-los grandes homens.
Lida bem com os haters?
Brinco que eles são fãs malcuidados, porque, quando você recebe um hater, e, às vezes, aponta para ele o que está fazendo, a pessoa se observa mais. Então, acho que espalhar amor é importante – e que bom que agora essa coisa tem diminuído. Com paciência e amor, a gente os traz junto… ou bloqueia [risos].