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Início Entrevista

Evelyn Castro e a eterna ‘quinta-série’ 

Evelyn Castro, aos 44 anos, relembra trajetória desde o Fama e fala sobre os estereótipos que enfrenta e sua convivência com grandes nomes

Lígia Menezes Por Lígia Menezes
25/10/2025
Em Entrevista
Evelyn Castro. Foto: Johnne de Oliveira

Evelyn Castro. Foto: Johnne de Oliveira

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Cantora, atriz e humorista, Evelyn Castro tem uma trajetória marcada pelo bom-humor – e pela coragem de enfrentar o novo. Ela, que surgiu para o grande público no programa Fama, em 2005, tornou-se uma das artistas mais completas e queridas da televisão e da Internet. Com personagens atuais hilárias, como a Marraia, de Tô de Graça, e a ranzinza Zenaide, de Êta, Mundo Melhor!, ela usa a comédia como ponte com o público – e também como ferramenta de transformação. O riso a define em praticamente todas as situações da vida. “Eu sou boba, eu sou a quinta série. Já tive que cantar de olhos fechados, porque não conseguia parar de rir”, lembra. 

Você começou a ganhar notoriedade nacional com a sua voz no programa “Fama 4”, mas sua carreira se solidificou com a atuação e o humor. Qual é o papel de cada uma dessas áreas na sua vida profissional hoje?

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Uma não vive sem a outra. Foi graças à minha voz que eu migrei para a atuação, porque foi através do teatro musical. Foi devido à dificuldade de me manter na música no Brasil. E eu percebi que com o teatro musical eu conseguia ter dignidade. Essa é a verdade. Eu conseguia ter salário e unir as duas coisas que eu mais amo, que é atuar e cantar. 

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A música aconteceu primeiro, profissionalmente. A música era algo muito íntimo, muito pessoal. Não era algo de sonho, de ser uma cantora para multidões e vou ficar famosa por conta disso. Mas a atuação sempre foi algo que eu pensava. O Fama me trouxe maturidade enquanto artista. Viver aquela experiência de ficar ali confinada, estudar e viver a realidade da televisão me trouxe maturidade.

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O “Porta dos Fundos” foi um marco na sua carreira. Você chegou em 2016 e se tornou uma das atrizes principais. Como foi a adaptação a um formato de humor tão rápido e dinâmico – e que naquela época era tão original? Quais foram os principais aprendizados trabalhando com um elenco tão talentoso e “rápido” no improviso?

Eu cheguei ao Porta dos Fundos em 2016. E eu posso dizer que eu devo tudo ao Porta dos Fundos – eu ainda faço vídeos com o Porta dos Fundos e pretendo continuar muito próxima deles, porque foi ali que eu aprendi com os grandes, aprendi sobre tempo de comédia, sobre como fazer em grande escala muitos vídeos e como me portar diante da câmera, aprendi improviso e muita coisa que eu sei hoje. Eu pude atuar em grandes roteiros, a nata dos roteiros, com as grandes e os grandes comediantes. O Porta dos Fundos foi minha pós-graduação masterclass. Sou muito grata e tenho muito orgulho de dizer que faço parte desse grupo.

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Em uma entrevista, você comentou sobre o rótulo de “machona” ou “empregada” que a TV costumava lhe dar. Como você lidou com esses estereótipos? Acredita que eles se “quebraram” hoje? 

Com relação a esse estereótipo, acho que a ficha me foi caindo também. Eu não tinha essa percepção tão clara no início. Como lidar com isso? Eu sou uma atriz. Então, eu vou fazer com os limões, a melhor limonada. A caipirinha. Eu nunca levei isso para um lado ofensivo. Muito pelo contrário. Eu sempre pensei em como tornar aquilo ali humano e lindo. E sair do estereótipo o máximo possível, claro. Se eu estou fazendo uma empregada, se eu estou fazendo uma lésbica, o que eu posso fazer por isso? Que é o caso da Marraia, ela se tornou o que ela se tornou. Não tem um lugar que eu vá que não falem da Marraia. E ela é o meu maior orgulho enquanto personagem. Eu devo muita coisa à Marraia também. Porque para além do Porta, também tem o Tô de Graça – e nós viramos uma trupe, realmente uma família. Eu devo isso ao Rodrigo Santanna, de ter aprendido também ali, que é um teatro ao vivo na TV. Eu aprendi de improviso, de rapidez, como fazer algo caricato que fique crédulo para as pessoas. E que essa comunidade LGBT+ não se sinta ofendida com aquilo ali.

Eu sou uma atriz, eu também quero poder fazer coisas mais sérias, apesar de amar fazer comédia, não vou negar. E o estereótipo da empregada, acho que a gente não precisa nem falar aqui o porquê será que me colocam nesse lugar. Não precisamos levantar essa bandeira aqui, que já está mais do que esclarecido.

E não acho que se quebraram ainda não. Eu acho que está se quebrando, acho que é um processo. O seriado Encantado’s que eu fiz já é algo grandioso para a gente falar. Aquilo ali é uma bandeira hasteada de uma quebra desse lugar. Nele, nós vemos a família preta brasileira e o seu colorismo, e eu estou dentro desse colorismo, enquanto uma mulher miscigenada, colocando o seu dia a dia, colocando sua felicidade, tirando os corpos pretos e pardos e periféricos desse lugar de sempre estar no sofrimento, estar no tiroteio, estar nesse lugar de empregados e colocar no lugar de dia a dia, no lugar de alegria, no lugar de cotidiano, no lugar harmonioso. 

Você tem uma experiência vasta tanto no teatro musical quanto no cinema e na TV. Qual o maior desafio de migrar entre esses diferentes formatos de atuação? Existe algum que você prefira?

São muitos desafios, o teatro, o teatro musical, que tem bastante diferença. TV, cinema, o seriado, a novela, o longa… Eu venho aprendendo sempre. Até mesmo o Porta dos Fundos e o Tô de graça também têm enormes diferenças. E é claro que eu vou me adaptando. E eu sou uma atriz incomodadíssima. Eu sempre quero trazer algo novo e tentar fazer algo novo e me desafiar. Então, é um privilégio enorme, na realidade, poder atuar em tantas frentes.

Se existe algum que eu prefira, vocês me complicam muito, né?  Eu amo muito fazer seriado, porque tem a possibilidade de ir pra uma segunda, terceira temporada e a personagem ganhar camadas.  Mas a novela também tem me trazido algo que abriu a minha mente. Meu personagem está ali vivendo, né? Está acontecendo também, igual a vida.  

Mas, respondendo ainda à pergunta, o maior desafio de migrar para esses formatos é entender mesmo o que você está falando e que formato você está fazendo. Se você está trazendo algo mais minimalista, se você está fazendo algo mais naturalista, se você está fazendo algo mais caricato. É entender. Entender e ter a escuta sempre aberta.

O espetáculo “Quebrando Regras – Um tributo a Tina Turner” foi indicado a vários prêmios. Como foi a responsabilidade de atuar nele?

A gente fazia fãs da Tina dos anos 80 e foi incrível porque eu sou muito fã dela – e me tornei mais ainda. Além de ser uma responsabilidade enorme cantar aquelas canções, A Tina é uma explosão de vitalidade, eu digo vocalmente mesmo. Aliás, foi ali que começou todo o meu processo também de saúde, era o vai ou racha, porque eu entendi que era uma força extrema, uma força espiritual, uma força mental, então ela me libertou de muita coisa.

Como foi a experiência de participar do “Masked Singer Brasil”? Você se divertiu mais com a parte de cantar ou de ter que esconder sua identidade?

O Masked Singer foi incrível. Esconder a identidade foi a coisa mais gostosa. De estar livre ali dentro, de fazer com que o público goste de você novamente pela sua voz. Eu me senti de novo no Fama, sendo desconhecida, sendo a menina Evelyn. Adorei estar ali dentro de um bonecão. Eu tinha o desafio do peso, eu tinha o desafio da minha roupa, que minha perna era amarrada, eu tinha que fazer coreografia. Eu tinha que transcender aquilo ali para fazer o melhor. E cantar músicas que eu nunca cantei. Então, foi uma delícia. Esse programa é maravilhoso.

O que você não vive sem: atuar ou cantar?

Eu não vivo sem arte. Porque não vai ter jeito. Eu vou cantar na minha casa. Se eu não cantar para as pessoas, eu vou cantar de alguma forma. Nem que eu faça uma rodinha de karaokê com amigos. Atuar, a gente vai dar um jeito também. Eu amo ser artista. Eu desenhava também, parei de desenhar, preciso voltar a desenhar porque isso é uma prática.

Qual foi a cena mais engraçada que você gravou e não conseguiu segurar o riso? 

Olha, é difícil essa pergunta para mim, porque eu falo que eu sou o legado de Nair Belo. Eu não seguro o riso na realidade. Eu fiz um musical da Disney e acho que essa situação foi a mais vergonhosa da minha vida. Porque era um musical do Walt Disney Company mesmo, aqui no Brasil. eu estava com Jarbas Homem de Melo em cena e eu tive uma crise de riso absurda, a música ficou tocando sozinha. Eu fazia um número do Rei Leão e cantava a música principal, fazia um dueto com Jarbas. E a gente não conseguia se olhar por diversos motivos que foram dando errado ao longo daquele espetáculo. Eu sou boba, eu sou a quinta série, eu sou criança infantil, eu não conseguia mais cantar a música, tive que cantar de olho fechado, parar de cantar a música gemendo, e essa música ficou só a base acontecendo em pleno espetáculo da Walt Disney. Foi isso que eu fiz com o Mickey. Eu peço perdão. (risos).

Você dá vida a personagens hilárias como a Marraia, em “Tô de Graça”. Existe alguma parte da sua personalidade ou vivência que você usa para construir essas personagens? O que você tira da Evelyn e o que tira de referências externas?

A Marraia tem muito da Evelyn, assim, deste jeito moleque. Eu brinco que Marraia tem muito da convivência que eu tive de ser a primeira neta e a filha única que morou com a família inteira. Então, tem muito de tios, do meu avô, do meu pai. Eu sempre andei muito com os meninos. A Marraia é isso, essa energia masculina. As mulheres da minha família são mulheres com muita energia masculina. E, claro, né? Foi uma grande homenagem às minhas amigas lésbicas maravilhosas. Eu tinha acabado também de sair do musical da Cássia Eller, que eu fiz durante alguns anos, então, ela também acaba sendo uma grande homenagem à Cássia. 

Como é a dinâmica entre você e a Heloísa Périssé em Êta Mundo Melhor!?

É perfeita. Eu não tenho nem o que dizer, porque é… Que presente eu recebi esse ano de estar com Heloísa Périssé. Eu via Heloísa com Ingrid e eu falava: “que dupla perfeita”. Passei minha adolescência vendo as duas e aprendendo com elas. Hoje, penso: “meu Deus do céu, cara, eu sou a dupla da Heloísa agora”. A gente brinca que não existem só as crianças da Casa dos Anjos, nós também somos uma das crianças da Casa dos Anjos, porque Heloísa é um erê. Enorme, mas é um erê, ainda leva bala. Então, é divertido, é gostoso. Já abro minha vida para ela, a gente já conversa sobre milhões de coisas. Tem sido uma troca maravilhosa. Não sei nem o que dizer. Nossa dinâmica? A gente bate texto para caramba, a gente cria coisas, a gente fala “será que vai dar certo?” A gente não ensaia todas as coisas que acontecem em cena. É um match mesmo de Deus.

Evelyn Castro. Foto: Johnne de Oliveira
Evelyn Castro. Foto: Johnne de Oliveira

O que o mau-humor de sua personagem te ensina?

O mau humor da Zenaide eu também peguei emprestado da Evelyn de manhã cedo. Eu falei, a Zenaide sou eu de manhã cedo. Mas a Zenaide é o mau humor do tipo, estou exausta. Mas ela me ensina a ser mais leve na vida, né? Minha terapia está em dia. E acho que a Zenaide podia ser mais leve. Eu não posso dar spoiler, mas ela vai ficar mais leve. Só tenho isso para dizer. Porque ela está exausta com aquela rotina dela e com a Zuma no ouvido dela. E aquelas crianças todas… ela dá conta sem receber o salário. 

Você fez um desabafo nas redes sociais sobre um relacionamento abusivo. Falar sobre isso publicamente exige muita coragem. Como encontrou forças para seguir em frente? Quem foi sua rede de apoio?

Então, minha rede de apoio foi a arte e, claro, terapia. Quando eu falei do relacionamento abusivo, já tinha passado um tempo. Quando resolvi falar, já não existia sentimento da minha parte. Acho que isso é muito importante, porque tem pessoas que passam por isso e tem muitos sentimentos envolvidos ainda. É complicado. Minha terapia estava em dia e eu consegui organizar os sentimentos. Minha rede de apoio foi eu mesma e a arte, porque eu estava no processo de construção do meu espetáculo da Tina. E aí eu repito, a história de vida dessa mulher também me libertou e foi meu apoio. Houve uma grande libertação nesse período. E eu quis falar exatamente para que outras mulheres se sentissem acolhidas. E é o conselho que dou: fale com alguém. Não fique sozinha passando por isso. Procure alguém, porque isso é muito sério. 

Quais são suas maiores inspirações na vida e na carreira? Existe algum papel que você ainda sonha em interpretar?

São muitos, são muitos na música, artistas também, mas, hoje em dia, a minha ancestralidade são minhas grandes inspirações. Eu cresci numa família muito rica na parte lúdica, eu cresci com pessoas que conseguiam transformar tristeza em alegria. Eu cresci numa família que quando faltava luz, se transformava em samba, em música, e se reunia. Então, posso dizer que minha família. E fica aqui um especial aos meus avós maternos. E meu avô era um grande artista. E um papel que eu ainda queria interpretar? Um personagem de ação, assim, sério, sabe? 

Depois de tantos trabalhos em diferentes plataformas, o que a Evelyn Castro de hoje diria para a Evelyn que estava no “Fama” em 2005?

Aquieta, está tudo no seu lugar. Há tempo para todas as coisas. E tem mais: você não está sozinha, tem mais gente com você do que você imagina.

A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1489, de 3 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.

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Lígia Menezes (@ligiagmenezes) é jornalista, pós-graduada em marketing digital e SEO, casada e mãe de um menininho de 3 anos. Autora de livros infantis, adora viajar e comer. Em AnaMaria atua como editora e gestora. Escreve sobre maternidade, família, comportamento e tudo o que for relacionado!

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