O medo da morte é uma sensação que existe desde os primórdios da humanidade. Além do temor pelo desconhecido, a sensação está atrelada ao sofrimento físico e psicológico que pode acompanhar o processo. Por isso, é muito comum imaginar e pesquisar sobre os piores jeitos de morrer.
Ou seja, o medo não é apenas da morte em si, mas de viver uma morte dolorosa ou agonizante. De acordo com psicólogos e tanatólogos, a ciência que estuda a morte e a relação do ser humano com ela, é isso que gera ansiedade, pensamentos intrusivos ou desejo de controle comuns ao ser humano.
Neste caso, pode surgir a tanatofobia, que é quando o medo da morte passa do ponto considerado aceitável. Esse distúrbio de ansiedade é caracterizado pelo medo irracional e persistente da morte. A tanatofobia pode ser intensificada por gatilhos, como mortes de entes queridos, doenças ou até pensamentos sobre a morte e os piores jeitos de morrer. E afinal, quais são eles?
Os piores jeitos de morrer
A classificação é complexa e depende de inúmeros fatores biológicos e pessoais. Porém, de acordo com a psicologia, há uma listagem. No livro ‘And Then You’re Dead’ (E então você morre), Paul Doherty e Cody Cassidy falam sobre os piores jeito de morrer do ponto de vista científico. Confira a seguir:
- Elevador em queda livre
A morte em um acidente com elevador em queda livre é uma das mais temidas, devido às forças extremas que causam danos instantâneos ao corpo. O impacto do choque provoca fraturas múltiplas e lesões internas graves. A morte pode ser rápida, mas, em alguns casos, a vítima pode ficar consciente por alguns momentos.
- A agonizante privação de sono
Embora pouco conhecida, a morte por privação de sono é também aterrorizante. A falta de descanso adequado pode resultar em um colapso mental e físico progressivo. Dores e delírios são alguns dos sinais que antecedem o caos. A pressão arterial aumenta e o sistema psicológico colapsa, levando a uma deterioração das funções vitais do organismo.
- Morrer de fome: uma agonia lenta
A morte por inanição é caracterizada pela falta de nutrientes essenciais, o que leva à destruição dos tecidos e órgãos do corpo. A morte é dolorosa e pode levar dias ou até semanas. Antes do último suspiro, a vítima sofre com a falência progressiva do sistema imunológico e dos órgãos vitais em um processo de autodestruição do corpo.
- A dor insuportável das queimaduras
Essa é muito provavelmente uma unanimidade quando o assunto é os piores jeitos de morrer. E não à toa: o fogo provoca dor intensa e destruição rápida da pele e dos órgãos internos. A exposição ao calor causa danos irreversíveis que levam à morte por choque ou falência dos órgãos.
- Desidratação: a morte pela falta de água
A falta de água no corpo também causa o processo de autodestruição do corpo. Os órgãos começam a secar e o cérebro perde suas funções. Além do sofrimento físico, o efeito psicológico da desidratação aumenta a agonia do processo, tornando-a uma das formas mais temidas de morrer.
- À deriva no oceano: solidão e morte lenta
Você certamente já viu algum filme com uma temática parecida, não é mesmo? E o medo dos personagens era mais que justificado: estar perdido no oceano é uma das formas mais extremas e solitárias de morte, com o sofrimento físico e psicológico agravado pela fome, sede e isolamento. O medo de predadores e a incerteza sobre o futuro agravam ainda mais o desespero da vítima.
- A esfola: uma tortura histórica
O esfolamento é a prática de retirar a pele da vítima de forma lenta. Esta é uma das formas mais cruéis já documentadas e é utilizada por algumas culturas. O método é usado como punição ou tortura, e a vítima geralmente morria devido à perda de sangue, infecção ou choque.
A lista mostra que os piores jeitos de morrer envolvem não apenas a morte física, mas também a experiência intensa de sofrimento que acompanha esses processos. Ao mesmo tempo, o fator psicológico é importante na maioria dos métodos citados, reflexo do instinto de sobrevivência do ser humano.