O Brasil é um dos países mais ricos em tradições quando o assunto é superstição. Misturando influências indígenas, africanas, europeias e até orientais, criamos um verdadeiro caldeirão de crenças populares para afastar o azar ou atrair sorte. Algumas são levadas a sério, outras são vistas com bom humor, mas quase todo mundo já repetiu pelo menos uma delas.
Veja abaixo uma lista das mais populares – em quais você acredita?
Bater na madeira
Um dos gestos mais comuns para espantar o azar, herdado de antigas crenças ligadas a espíritos que habitariam árvores. No Brasil, virou reflexo: basta falar algo negativo e lá vem a batida de nós na mesa.
Quebrar espelho
Considerado sinônimo de sete anos de azar, o espelho sempre foi visto como reflexo da alma. Até hoje, o cuidado ao manusear esse objeto é quase automático em muitas casas.
Passar por baixo da escada
A cena é comum, mas muitos desviam. Essa superstição tem relação com a ideia de que a escada aberta forma um triângulo, símbolo sagrado. Romper essa forma seria desrespeito — e por isso, azar.
Pé de coelho
Usado como chaveiro ou amuleto, o famoso pé de coelho ainda circula como símbolo de sorte. A crença se espalhou pelo mundo e no Brasil ganhou força, principalmente em regiões do interior.
Derramar sal
Derramar sal na mesa é sinônimo de desavença, mas a saída é rápida: jogar o pozinho por cima do ombro esquerdo para espantar energias ruins.
Chinelo virado
Quem nunca levou bronca da mãe ou da avó? O chinelo virado é associado à morte da mãe, crença que se espalhou e até hoje é motivo para desvirar o calçado sem pensar duas vezes.
Gato preto
O bichano que cruza o caminho ainda é visto como sinal de azar, especialmente em áreas urbanas. A crença nasceu na Europa medieval, quando os gatos pretos foram injustamente ligados à bruxaria.
Pular sete ondas
Virou tradição de Réveillon no litoral brasileiro. Cada onda simboliza um pedido, e o ritual é repetido religiosamente por quem deseja começar o ano cercado de boas energias.
Roupa branca no Ano Novo
Ainda na virada, o look branco se consolidou como símbolo de paz e renovação. Uma tradição que une moda, espiritualidade e, claro, superstição.
Romã na carteira
Guardar sementes de romã no bolso ou na carteira é aposta de quem deseja fartura e dinheiro no ano que chega. A tradição é repetida especialmente na virada.
Varrer os pés
Quem tem avó já ouviu: varreu os pés, não casa. A superstição continua viva e atravessa gerações como alerta divertido em muitas famílias.
Ferradura atrás da porta
Amuleto clássico de proteção, a ferradura é pendurada para trazer sorte à casa. É comum em áreas rurais, mas também aparece em portas de apartamentos urbanos.
Sexta-feira 13
O dia mais temido do calendário é cercado de histórias e coincidências. Muitos evitam tomar decisões importantes, viajar ou até cortar o cabelo nessa data.
Jogar moedas na fonte
Um pedido, uma moeda e pronto: o desejo está lançado. Seja em praças, fontes ou até no mar, essa superstição atravessou culturas e ganhou força também no Brasil.
Pimenta e figa contra mau-olhado
Pendurar uma pimenta vermelha ou carregar uma figa é prática contra a inveja e o mau-olhado. Mais do que superstição, virou elemento de decoração em muitos lares.
Resumo:
Superstições podem até parecer brincadeira, mas mostram como tradições antigas continuam vivas no nosso dia a dia. E mesmo quem não se considera supersticiosa já deve ter batido na madeira ou desvirado um chinelo sem pensar. Afinal, vai que…