À primeira vista, ele parece apenas mais um cometa cruzando o céu. No entanto, o cometa interestelar 3I/ATLAS carrega uma diferença importante: ele não nasceu no nosso Sistema Solar. Ou seja, veio literalmente de outra estrela. Por isso, desde sua descoberta em junho, o objeto desperta atenção de astrônomos profissionais e amadores.
Objetos desse tipo são raríssimos. Até hoje, os cientistas confirmaram apenas três visitantes desse porte cruzando nossa vizinhança cósmica. Enquanto cometas como o Halley pertencem à nossa “família espacial”, o 3I/ATLAS chegou de fora, trazendo pistas valiosas sobre regiões distantes da galáxia.
Por que o visitante interestelar virou assunto nas redes?
Nos últimos meses, o termo visitante interestelar ganhou força nas redes sociais. Ainda assim, o motivo não tem relação com vida extraterrestre, apesar das especulações. A palavra “alienígena” apareceu apenas no sentido literal: algo que vem de fora do nosso sistema.
Segundo observações recentes, o radiotelescópio MeerKAT, na África do Sul, detectou sinais de rádio associados a compostos químicos comuns em cometas. Esses sinais surgem quando o gelo do corpo celeste evapora ao se aproximar do Sol. Portanto, tudo indica que o 3I/ATLAS se comporta como um cometa comum — apenas com uma origem muito mais distante.
Um cometa vindo de outra estrela em rota acelerada
De acordo com os cálculos dos cientistas, o cometa vindo de outra estrela segue uma trajetória rápida e sem retorno. Em março, ele passará relativamente perto de Júpiter, o que ajudará os pesquisadores a entender melhor sua composição e velocidade.
Depois disso, sua despedida começa. A partir de 2026, o 3I/ATLAS deixará gradualmente o Sistema Solar, acelerando rumo ao espaço interestelar. Eventualmente, ele seguirá viagem por milhões — talvez bilhões — de anos, sem previsão de retorno.

A megaoperação da Nasa para observar o fenômeno
Para não perder nenhum detalhe, a Nasa organizou uma operação inédita. Ao todo, 12 instrumentos espaciais participaram das observações do cometa interestelar 3I/ATLAS. Entre eles, estão o telescópio Hubble e o James Webb, além de sondas posicionadas em Marte.
Enquanto isso, missões como STEREO, SOHO e PUNCH acompanharam o cometa quando ele passou atrás do Sol. Esse esforço conjunto permite cruzar dados e entender melhor como objetos interestelares se formam e evoluem.
Quando acontece a passagem do cometa pela Terra?
Agora vem a informação mais aguardada pelos entusiastas da astronomia: a passagem do cometa pela Terra acontece no dia 19 de dezembro, quando o 3I/ATLAS atingirá seu ponto de maior aproximação do nosso planeta.
Apesar disso, não há qualquer risco. O cometa passará a cerca de 269 milhões de quilômetros da Terra, uma distância considerada totalmente segura. Ainda assim, o brilho pode aumentar nesse período, o que favorece observações com telescópios e registros mais detalhados de sua composição.
Resumo: O cometa interestelar 3I/ATLAS é um visitante raro vindo de outra estrela. Ele não representa perigo e será observado de perto por cientistas. Sua passagem mais próxima da Terra ocorre em 19 de dezembro. Depois disso, o cometa deixará o Sistema Solar definitivamente.
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