Viajar é uma delícia – e cada vez mais brasileiros têm aproveitado as férias para se aventurar em trilhas, balonismo, mergulho e outros roteiros de natureza. Mas o que muita gente esquece é que esse tipo de experiência, apesar de incrível, também envolve riscos. E é aí que entra o seguro viagem, muitas vezes ignorado ou contratado sem atenção aos detalhes.
Segundo André Costa, CEO da Touareg Seguros, ainda há uma ideia equivocada de que o seguro só é necessário para viagens internacionais. “Muita gente ainda acha que o seguro é só para quando se viaja para fora do país, mas atividades de risco no Brasil também demandam planejamento e proteção adequada”, explica.
O que o seguro tradicional cobre?
Nos planos mais básicos, como os oferecidos por sites de passagem ou cartões de crédito, há cobertura para despesas médicas, extravio de bagagem e cancelamento de viagem. Em viagens internacionais, o seguro com cobertura mínima de 30 mil euros é obrigatório para entrar em países do Tratado de Schengen, por exemplo.
Porém, para quem busca aventuras fora dos grandes centros urbanos ou pretende praticar esportes, isso pode não ser suficiente. “Eles normalmente não incluem resgates especiais, remoção médica em locais isolados ou internações mais complexas. Em roteiros de natureza ou aventura, isso faz toda a diferença”, alerta Costa.
Atividades de risco precisam ser informadas
Mesmo sendo amadoras, trilhas em mata, balonismo ou mergulho recreativo só estão cobertos se forem comunicados à seguradora no momento da contratação. “O seguro cobre tudo que seja amador ou turístico. Mas se for algo mais extremo, como esqui ou escalada, algumas seguradoras exigem cláusula adicional. A regra é simples: informe. Se o cliente avisar, a maioria das seguradoras cobre”, afirma.
Além disso, participar de competições esportivas ou visitar áreas de difícil acesso exige ainda mais atenção. Nestes casos, o ideal é buscar uma cobertura específica que inclua, por exemplo, resgate aéreo, remoção terrestre e atendimento emergencial em regiões remotas.
Vale também para destinos nacionais
Embora o seguro não seja obrigatório em viagens dentro do Brasil, ele pode ser um grande aliado. Muitos planos oferecem cobertura para acidentes, cancelamentos, extravio de bagagem, remoções em áreas de difícil acesso e até retorno antecipado.
Costa reforça que o mais importante é ter orientação profissional na hora de contratar o plano. “Um seguro bem contratado pode garantir resgate aéreo, atendimento adequado e proteção real para a família. Não é sobre burocracia, é sobre estar amparado quando o imprevisto acontece.”
Resumo:
O seguro é importante em qualquer viagem, especialmente em roteiros de aventura. Para estar realmente protegida, é essencial informar atividades de risco e evitar planos genéricos, que podem não cobrir resgates ou atendimentos especiais.
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