Em uma de suas postagens nas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu ao anunciar uma possível alteração na receita da Coca-Cola americana. Segundo ele, após conversas com a empresa, a marca teria aceitado substituir o xarope de milho por açúcar de cana na composição da bebida nos EUA.
“Tenho conversado com a Coca-Cola sobre o uso de açúcar de cana REAL na Coca nos Estados Unidos, e eles concordaram em fazê-lo. Gostaria de agradecer a todos os responsáveis na Coca-Cola”, escreveu Trump em tom de comemoração. Para ele, essa seria uma escolha acertada: “É simplesmente melhor!”
No entanto, até o momento, a empresa não confirmou oficialmente a mudança. Em nota enviada à CNN, um porta-voz respondeu de forma cautelosa: “Agradecemos o entusiasmo do presidente Trump por nossa icônica marca Coca-Cola. Mais detalhes sobre novas ofertas inovadoras dentro de nossa linha de produtos Coca-Cola serão compartilhados em breve.”
Açúcar de cana ou xarope de milho: o que muda na receita da Coca-Cola
Hoje, a versão americana da Coca-Cola é feita com xarope de milho rico em frutose — um ingrediente polêmico, frequentemente associado a problemas de saúde quando consumido em excesso. Já em outros países, como o México, a bebida leva açúcar de cana, considerado por muitos como uma alternativa mais “natural”.
A possível mudança na receita da Coca-Cola pode ter impacto direto não apenas no sabor, mas também na imagem da marca entre os consumidores. Vale lembrar que o secretário de Saúde e Serviços Humanos de Trump, Robert F. Kennedy Jr., é um crítico declarado do uso do xarope de milho. A alteração, se confirmada, sinaliza um movimento da marca em direção a um perfil mais alinhado com as exigências do público atual — mesmo que não tenha partido diretamente da empresa.
Entre altos e baixos, a relação entre Trump e Coca-Cola continua borbulhante
Apesar de seu amor declarado por Diet Coke — chegando até a instalar um suposto botão exclusivo na Casa Branca para solicitar a bebida —, o relacionamento de Trump com a marca já teve seus momentos de tensão. Em 2021, por exemplo, a empresa se posicionou contra leis de restrição ao voto na Geórgia, estado natal do presidente, o que gerou desconforto. Ainda assim, seus hotéis e propriedades seguiram vendendo os produtos da marca.
Até mesmo antes da presidência, em 2012, Trump comentou nas redes sociais que a Coca-Cola “não estava feliz” com ele, mas brincou: “Tudo bem, vou continuar bebendo essa porcaria.”
Mesmo com esses desentendimentos, as relações pareceram melhorar em janeiro deste ano, quando James Quincey, presidente da Coca-Cola, presenteou o presidente com uma garrafa inaugural de Diet Coke durante sua segunda posse. O gesto foi interpretado por muitos como uma tentativa de manter boas relações com uma figura influente do cenário político e corporativo.
O possível impacto da mudança na receita da Coca-Cola no mercado
Embora a empresa ainda não tenha dado um parecer definitivo, o simples anúncio já gerou repercussão no setor de alimentos e bebidas. Afinal, qualquer modificação na fórmula de um produto tão icônico costuma ser acompanhada de perto pelos consumidores e investidores.
Além disso, a fala de Trump mostra como sua influência ainda movimenta debates, até mesmo dentro de grandes corporações. Se a mudança na receita da Coca-Cola realmente acontecer, ela poderá marcar um novo capítulo na história da marca nos Estados Unidos — e reforçar, mais uma vez, o papel de Trump como uma figura central não só na política, mas também nos bastidores do mundo corporativo.
Resumo: Trump anunciou nas redes sociais que a receita da Coca-Cola americana pode mudar, trocando o xarope de milho por açúcar de cana. Embora a empresa não confirme, o anúncio gerou repercussão. A relação entre o presidente e a marca tem altos e baixos, mas sua influência segue forte no mercado.
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