Com o conclave marcado para começar no próximo dia 7 de maio, os principais cardeais cotados para suceder o papa Francisco já estão no Vaticano. Ao todo, 133 cardeais eleitores irão se reunir na Capela Sistina para definir quem assumirá o comando da Igreja Católica.
A escolha do novo pontífice costuma envolver nomes tidos como fortes candidatos, conhecidos como papabile (termo italiano que se refere aos cardeais com chances de se tornarem papa). Entre os nomes mais comentados, alguns já ocupam cargos de destaque dentro da própria Igreja. Confira a seguir:
Pietro Parolin
O cardeal italiano Pietro Parolin atua como secretário de Estado do Vaticano desde 2013, sendo considerado o “número 2” da Santa Sé, com funções que equivalem às de um primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores.
Segundo o Vaticano, Parolin tem vasta experiência em assuntos geopolíticos, principalmente no Oriente Médio e na Ásia. Entre outras funções, ele representou a Igreja na Venezuela durante um momento delicado com o governo Chávez e foi um dos mediadores das negociações entre Cuba e EUA em 2015.
Matteo Zuppi
Também italiano, o cardeal Matteo Zuppi tem seu nome presente em todas as listas de favoritos. Sua atuação diplomática se destaca pela participação na Comunidade de Santo Egídio, organização católica com forte presença em negociações de paz.
Zuppi ajudou a pôr fim à guerra civil em Moçambique em 1992 e, recentemente, foi o enviado do papa em missões ligadas ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Seu perfil conciliador e humanitário reforça sua posição entre os preferidos.
Pierbattista Pizzaballa
Desde 2016, o cardeal Pierbattista Pizzaballa lidera o Patriarcado Latino de Jerusalém, que abrange áreas como Israel, Palestina, Jordânia e Chipre. Ele se tornou figura importante durante a guerra entre Israel e Hamas, ao se oferecer para troca em nome das crianças sequestradas.
Além disso, Pizzaballa tem atuado no envio de ajuda humanitária para Gaza, em parceria com a Ordem de Malta, o que tem ampliado sua visibilidade internacional dentro da Igreja.
Luis Antonio Tagle
Se o novo papa não for italiano, o filipino Luis Antonio Tagle desponta como um dos principais nomes. Arcebispo emérito de Manila e cardeal desde 2012, ele é lembrado por sua ligação com os pobres e com causas sociais.
Chamado de “Francisco asiático”, Tagle é visto como um moderado defensor dos imigrantes e da justiça social. O site especializado Crux destaca seu estilo de vida simples e sua atuação marcada pela compaixão.
Peter Erdő
Embora menos provável, há quem considere a possibilidade de um nome mais conservador ser escolhido. O cardeal húngaro Peter Erdő aparece como uma dessas opções.
Ele já foi um dos favoritos no conclave de 2013, que elegeu o papa Francisco, e tem o apoio de setores ligados a editoras católicas conservadoras, como a Sophia Institute Press, que monitora os cardeais em um projeto próprio.
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