Nos últimos dias, nas redes sociais, só se escuta um nome – mas, afinal, quem é Tânia Bulhões? A empresária voltou aos holofotes após uma polêmica envolvendo suas xícaras de luxo, que chegam a custar mais de R$ 200.
A polêmica tomou conta quando consumidores identificaram semelhanças entre os produtos vendidos pela empresa e peças encontradas em outros países por preços bem mais acessíveis. Para piorar, a repercussão trouxe à tona um escândalo do passado envolvendo a fundadora da marca.
A seguir, AnaMaria explica quem é Tânia Bulhões e quais são as polêmicas envolvendo o nome da artista:
Quem é Tânia Bulhões? Entenda a polêmica
O nome Tânia Bulhões está associado ao universo do luxo e da sofisticação. A marca é famosa por suas porcelanas e referência no mercado brasileiro. No entanto, a empresária por trás da grife também acumula controvérsias ao longo dos anos.
A trajetória de Tânia Bulhões no mundo dos negócios começou há 35 anos em Uberaba (MG). Inicialmente, ela vendia peças pintadas à mão, de pratos a móveis, em um modelo de produção artesanal.
Com o tempo, a marca se consolidou e expandiu, tornando-se um dos principais nomes do segmento de luxo no país. Hoje, a grife conta com lojas sofisticadas em diversas cidades e uma linha completa de produtos para casa, que vão de louças a perfumes exclusivos.
Mas, de exclusivo, parece que não tem nada. A controvérsia começou quando um vídeo publicado no TikTok viralizou, acumulando quase 1 milhão de visualizações. No vídeo, uma mulher relata ter encontrado uma xícara da coleção Marquesa, vendida por Tânia Bulhões, em um café simples na Tailândia, mas sem a marca da empresa.
@izapalmeira Descobri o segredo da Tânia Bulhoes ! Pra quem paga uma fortuna nas louças! #segredoTâniaBulhoes #taniabulhoes #thailand🇹🇭 #taniabulhões ♬ original sound – Izadorapalmeira
Ao comparar com sua própria peça em casa, percebeu que eram idênticas, mas a versão da marca brasileira continha apenas um logotipo sobreposto.
Diante da repercussão, a Tânia Bulhões se posicionou em 4 de fevereiro, afirmando que tomaria medidas jurídicas contra a disseminação de informações falsas e reforçou a proteção de sua propriedade intelectual.
Segundo a empresa, a coleção Marquesa teria sido desenvolvida exclusivamente para a marca, mas reconheceu que não fabrica todos os seus produtos. Também alegou que um parceiro teria descumprido acordos contratuais e comercializado sobras de produção sem autorização.
Em 7 de fevereiro, a empresa divulgou um novo comunicado, desta vez anunciando a interrupção da produção das coleções Marquesa, Mediterrâneo, Lírio e Entre Rios. Além disso, ofereceu a possibilidade de troca ou devolução dos produtos já adquiridos. A empresa ainda afirmou que está estudando a criação de uma unidade de produção própria em Uberaba, Minas Gerais, para evitar problemas futuros.
Diferentemente da primeira nota, a nova mensagem da marca adotou um tom mais conciliador e agradeceu aos clientes que trouxeram a questão à tona. “Pedimos desculpas pela insegurança gerada e pelos questionamentos absolutamente legítimos que surgiram nos últimos dias”, afirmou a empresa.
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Condenação por fraude
Com a repercussão do caso, internautas resgataram um escândalo do passado envolvendo a fundadora da marca, Tânia Bulhões. Em 2010, a empresária foi condenada pela Justiça Federal por fraude em importações, sendo acusada de subfaturar mercadorias e movimentar dinheiro ilegalmente.
A pena, de quatro anos de prisão, foi convertida em serviços comunitários e em multa de R$ 1,7 milhão, destinada a instituições de caridade. Além disso, Tânia ficou proibida de sair do país sem autorização judicial. As investigações indicaram que o esquema envolvia movimentações financeiras no exterior e valores expressivos.
Além disso, a polêmica reacendeu um escândalo do passado envolvendo a fundadora da marca, que foi condenada por fraude em importações. Em 2010, Tânia Bulhões Grendene Bartelle foi condenada pela Justiça Federal por uma série de crimes financeiros.
O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, determinou que a empresária cumprisse uma pena de quatro anos de reclusão, convertida em penas restritivas de direitos e pagamento de multa.
A decisão veio após investigações que apontaram sua participação em crimes como falsidade ideológica, descaminho, formação de quadrilha e infrações contra o sistema financeiro nacional. Como parte do acordo judicial, Tânia teve de pagar R$ 1,7 milhão. O valor foi destinado a 12 instituições de caridade.
Na época, a empresária propôs um acordo de delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF) e se comprometeu a fornecer informações sobre outros envolvidos no esquema. Em troca, sua pena de prisão foi substituída por sanções alternativas.
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