O futuro do príncipe Harry nos Estados Unidos se tornou alvo de especulação após Donald Trump assumir novamente a presidência. O republicano, conhecido por suas opiniões rígidas sobre imigração, já expressou publicamente descontentamento com a permanência de Harry no país, especialmente após revelações no livro “O Que Sobra”, em que o duque admitiu uso de drogas como cocaína e maconha em sua juventude.
Nos Estados Unidos, a obtenção de vistos de entrada exige informações completas sobre o histórico do candidato, incluindo uso de substâncias ilícitas. Caso se descubra que Harry omitiu ou mentiu em sua documentação, ele poderia enfrentar uma reavaliação do visto e até mesmo a deportação, algo que Trump mencionou como possibilidade durante entrevistas recentes.
O que dizem as regras de imigração nos EUA
Admissão de uso de drogas é um ponto sensível no processo de imigração norte-americano. Formulários de visto, como o DS-160, questionam explicitamente sobre envolvimento com substâncias ilícitas. Se um solicitante admite uso prévio, pode ser negada a entrada ou permanência no país.
No caso do príncipe Harry, ainda não se sabe se ele declarou essas experiências ao solicitar o visto. Documentos relacionados ao processo de imigração do duque foram selados por ordem judicial, protegendo informações que poderiam ser usadas em possíveis disputas legais. Especialistas afirmam que, para deportá-lo, seria necessário comprovar que ele omitiu ou mentiu sobre o uso de drogas, algo que exigiria acesso a esses documentos confidenciais.
Trump, animosidade com Harry e possíveis implicações
Donald Trump já demonstrou oposição ao casal Harry e Meghan Markle. Em fevereiro, criticou o príncipe durante um evento conservador, afirmando que ele “traiu a rainha”. A animosidade ganhou força após Trump ser questionado sobre o caso em março, quando ele disse que “medidas apropriadas” deveriam ser tomadas se fosse comprovada alguma irregularidade no processo de imigração de Harry.
Além disso, membros da família Trump, como Eric Trump, também expressaram desinteresse na permanência do casal nos Estados Unidos, aumentando a pressão sobre a questão.
A defesa de Harry: laços familiares e apoio jurídico
Embora a possibilidade de deportação seja especulativa, especialistas apontam que Harry possui fortes laços nos Estados Unidos, que poderiam protegê-lo de um eventual processo. Sua esposa, Meghan Markle, e sua filha caçula são cidadãs americanas, o que abre a possibilidade de defesa com base na unidade familiar.
Além disso, uma batalha jurídica poderia se estender por anos, envolvendo disputas em várias instâncias do sistema judicial americano. Para muitos analistas, o custo político e financeiro de um caso como esse pode desestimular o governo a seguir adiante.
Especulação ou risco real?
A deportação do príncipe Harry sob um eventual governo Trump parece mais uma questão de retórica política do que um risco iminente. No entanto, as regras de imigração são claras, e qualquer irregularidade na obtenção do visto pode ser usada como base para ações legais.
Enquanto isso, o tema continua a gerar debate, com opiniões divididas entre aqueles que defendem a permanência de Harry e os que acreditam que ele não deveria ter privilégios especiais em solo americano.
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