Data centers no espaço? Pode parecer coisa de ficção científica, tipo ‘Black Mirror’, mas já está acontecendo. A startup americana Lonestar está desenvolvendo servidores fora da Terra e já enviou um protótipo do tamanho de um livro até a Lua no mês passado, a bordo de uma nave da Intuitive Machines. A proposta é transformar a órbita terrestre e até o solo lunar em depósitos seguros e sustentáveis de dados.
Pra entender melhor: data centers são espaços físicos cheios de computadores que armazenam e processam informações de sites, empresas e governos. Aqui na Terra, eles ocupam muito espaço, consomem grandes quantidades de energia e água, e ainda podem causar incômodos para quem mora por perto. No espaço, no entanto, a energia solar é abundante e, segundo a Lonestar, os dados transmitidos da Lua seriam muito mais difíceis de hackear.
Mas não é tudo tão simples: colocar equipamentos em órbita custa caro (até meio milhão de reais por quilo). Apesar disso, empresas como Lonestar e StarCloud estão confiantes. A demanda por armazenamento digital só cresce, e o planeta já dá sinais de que está ficando pequeno demais para tanta informação. Com isso, olhar para o céu tem se tornado um negócio bilionário.
Enquanto isso, na Terra…
Enquanto os servidores começam a transformar a série ‘Black Mirror’ em realidade, outro lançamento chamou atenção nesta semana: a nave da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos, decolou levando um grupo de seis mulheres até a fronteira do espaço em um voo suborbital de 11 minutos. Entre as passageiras estavam Lauren Sánchez, noiva de Bezos, a cantora Katy Perry, a jornalista Gayle King e outras personalidades do entretenimento e da ciência.
Embora não seja tecnicamente o primeiro grupo feminino a chegar ao espaço – a cosmonauta Valentina Tereshkova realizou um voo solo em 1963 -, a missão marcou um momento simbólico. Vestidas com looks pretos poderosos, as passageiras foram capa da revista Elle, que destacou: essa foi a primeira vez que alguém viajou ao espaço com cabelo e maquiagem impecáveis.
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