Conhecido como “peixe do juízo final“, a espécie Regalecus glesne (também chamada de peixe-remo) apareceu em uma praia do México e chamou atenção. A espécie, que vive em águas profundas, raramente é vista na superfície e sua aparição surpreendeu banhistas e especialistas.
O animal foi filmado na Baixa Califórnia do Sul, no dia 10 de fevereiro. O acontecimento viralizou nas redes sociais. Este foi um dos raros registros de um peixe-remo vivo em águas rasas.
O peixe, de tom azul e detalhes vermelhos, tem uma espécie de crista. Ele pode chegar ao tamanho de um ônibus escolar. No vídeo, um homem tenta guiá-lo de volta ao mar e comenta: “Ninguém vai acreditar nisso”.
O que explica a aparição do “peixe do juízo final”?
Esses peixes não costumam chegar perto da superfície. Quando isso acontece, geralmente estão desorientados ou em estágio terminal. A maioria dos que se aproximam da costa não sobrevive. O último caso foi registrado na Califórnia, nos Estados Unidos.
O apelido “peixe do juízo final” vem de uma lenda japonesa. Dizem que ele aparece antes de grandes terremotos e tsunamis. A história ganhou força após o desastre de 2011 no Japão, quando vários exemplares foram encontrados na costa antes do tremor.
Cientistas, porém, afirmam que não há provas de que o peixe-remo pressinta desastres naturais. Mudanças climáticas e correntes oceânicas podem explicar esses avistamentos. O mistério persiste, pois seu habitat profundo dificulta os estudos sobre a espécie.
E essa não é a única aparição rara…
No início do mês, o peixe Melanocetus johnsonii, uma espécie abissal conhecido popularmente como “Diabo Negro”, foi observado pela primeira vez nadando em águas iluminadas pelo sol, uma ocorrência inédita que intrigou pesquisadores. Esta espécie normalmente habita regiões de escuridão total nas profundezas do oceano.
O registro histórico foi realizado por uma equipe de cientistas da ONG Condrik Tenerife, que realiza estudos com arraias e tubarões nas proximidades das Ilhas Canárias, na Espanha. Os pesquisadores ainda não sabem ao certo o que motivou o peixe a se afastar de seu habitat natural e, por isso, várias hipóteses estão sendo consideradas.
A equipe de biólogos afirma: “A razão para sua presença em águas tão rasas ainda não está clara. Pode ser resultado de uma doença, de correntes ascendentes ou mesmo da fuga de um predador”. O espécime observado é uma fêmea que estava se dirigindo à superfície.
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