No último sábado (26), uma paraquedista de 40 anos faleceu durante um salto em Boituva, cidade reconhecida como um dos principais polos de paraquedismo do Brasil. A chilena Carolina Muñoz Kennedy, conhecida por colegas como Carito, sofreu o acidente após uma falha no equipamento. Embora o paraquedas reserva tenha sido acionado, ele não funcionou adequadamente, resultando em uma tragédia. A notícia levanta questionamentos sobre os riscos e as condições de segurança na prática do esporte.
O acidente ocorreu por volta das 17h40 na rua Alzira Agostinho Atalla, onde Carolina saltou acompanhada de outros atletas. Um funcionário da escola de paraquedismo relatou que houve um problema com o paraquedas principal, o que levou ao acionamento do paraquedas reserva, mas, infelizmente, não foi possível evitar o acidente.
Falha no equipamento: o que aconteceu?
De acordo com a Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq), Carolina estava utilizando um equipamento de alta performance, projetado para saltos profissionais. Segundo informações preliminares, o paraquedas principal apresentou uma anomalia após o comando de abertura, levando à execução do procedimento de emergência. A atleta acionou o paraquedas reserva, mas as condições não permitiram que o pouso fosse realizado em local seguro.
Em nota oficial, a CBPq lamentou profundamente a perda e destacou que o caso será investigado. A organização informou que uma Comissão Técnica será designada para avaliar as condições do acidente, visando esclarecer as falhas e buscar aprimorar as normas de segurança para evitar futuros incidentes. Em entrevista à CNN, o presidente da CBPq, Wellington Baiano, afirmou que Carolina era filiada à Confederação desde 2021 e que era uma atleta conhecida pela habilidade e dedicação ao esporte.
Tragédia em Boituva
Boituva é um dos destinos mais procurados para a prática de esportes de aventura, especialmente o paraquedismo. O local atrai paraquedistas de diversos níveis de experiência, sendo conhecido por oferecer infraestrutura e profissionais capacitados. No entanto, o histórico de acidentes também levanta preocupações sobre a segurança da atividade. Casos de acidentes fatais como o de Carolina não são comuns, mas ressaltam a importância de monitorar a qualidade dos equipamentos e dos treinamentos dos praticantes.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou o caso como morte suspeita acidental e solicitou um exame ao Instituto Médico Legal (IML) para apurar detalhes. A polícia também investiga o envolvimento de terceiros ou falhas estruturais que possam ter contribuído para o acidente.
A tragédia de Carolina Muñoz Kennedy comoveu colegas e amigos na comunidade paraquedista. Conhecida pelo seu sorriso e seu amor por animais, Carolina era considerada uma pessoa querida e sempre pronta para ajudar os outros. O clube de atletas Fly Now, ao qual Carolina era associada, lamentou profundamente a perda. Em um comunicado, a organização destacou a alegria e o entusiasmo de Carolina pela vida, recordando que sua presença fará muita falta.
A Confederação Brasileira de Paraquedismo, por meio de uma nota oficial, expressou condolências aos familiares e amigos da atleta, reforçando o compromisso com a segurança e a integridade dos praticantes de paraquedismo. “Nossos pensamentos estão com a nossa querida atleta e com toda a comunidade paraquedista neste momento de dor e reflexão”, declarou a CBPq.
Medidas de segurança e a investigação
Para entender o que levou à tragédia, a CBPq designou uma Comissão Técnica, que será responsável por elaborar um relatório sobre as condições do salto e o funcionamento dos equipamentos. O paraquedismo é uma atividade com riscos inerentes, e mesmo com protocolos de segurança rigorosos, falhas técnicas podem ocorrer. A investigação deve incluir análises detalhadas dos equipamentos utilizados por Carolina e do treinamento oferecido pela escola de paraquedismo.
A tragédia em Boituva reforça a necessidade de manutenção constante dos equipamentos, além de reforços nos protocolos de segurança para atletas de diferentes níveis. Embora seja impossível eliminar completamente os riscos, medidas adicionais podem ajudar a minimizar a ocorrência de acidentes fatais.
Leia também:
Surfista morre após ataque de peixe-espada, animal que existe no Brasil
Fisiculturista morre aos 19 anos: entenda os perigos dos anabolizantes