Mesmo após a morte do papa Francisco, que faleceu na última segunda-feira (21), histórias curiosas sobre sua trajetória antes do conclave de 2013 continuam vindo à tona. Costureira de batinas do pontífice, Graciela Meraviglio contou a forma inusitada de como conheceu o religioso e revelou que ele não desejava assumir o posto de líder da Igreja Católica.
Em entrevista à CNN, Graciela contou que a relação dos dois começou com um desentendimento. “Ele era uma pessoa que confrontava muito e que iniciava debates”, relembrou a alfaiate.
Costureira conheceu papa Francisco antes da fama
Segundo ela, os dois se conheceram por volta de 1990, quando ele ainda atendia pelo nome de batismo, Jorge, e usava roupas comuns, como calça, suéter e clérgima, ou colarinho clerical.
Durante a conversa, ela ainda disse que o religioso a chamava de “cigana” e que ele achou engraçado quando ela se apresentou como alfaiate eclesiástica.
A costureira afirmou que Francisco reagiu de forma descontraída ao saber que ela faria sua batina: “Você? Esperei uma pessoa mais velha vir e fazer uma batina para mim. Mas por que você vai fazer uma batina para mim?”, disse ele, surpreso.
Ele dizia: “Não, eu não vou ser papa, eu não quero”
Durante uma conversa antes do conclave, Graciela afirmou que ele negava qualquer possibilidade de ser escolhido: “E ele discutia comigo de novo e dizia: ‘Não, não, eu não vou ser papa, eu não quero. Por que você quer que eu seja papa? Eu não quero’. Eu disse a ele: ‘Eu acho, eu tenho um pressentimento’”, declarou.
Quando finalmente foi eleito, Francisco ligou para a amiga e brincou: “Você não é mais uma cigana, você é uma bruxa agora”, lembrando o pressentimento que ela teve anos antes.
Ela também contou que o pontífice fazia questão de que fosse ela a costurar suas batinas, pois era a única que conhecia seus “defeitos” físicos e sabia adaptar as peças ao seu corpo.
Leia também:
A última mensagem do Papa Francisco: “A paz é possível”