Pesquisadores chilenos fizeram uma descoberta fascinante: uma nova espécie de aranha venenosa foi encontrada na cidade de Talca, na região do Maule. Batizada de Calathotarsus gigas, essa aranha venenosa gigante chama a atenção não apenas pelo seu tamanho impressionante, mas também por seus hábitos únicos.
Com um comprimento que pode chegar a 10 cm quando esticada, ela se destaca entre as 772 espécies de aranhas já catalogadas no país.
A descoberta da aranha chilena que surpreendeu os cientistas
Em 2023, Susana Velásquez, da Arañas Chile, encontrou um exemplar morto da aranha chilena e decidiu doá-lo para estudos. Rubén Montenegro e Milenko Aguilera, aracnólogos da Fundación Núcleo Aracnológico Grado 36, foram os responsáveis por analisar o espécime. Eles logo perceberam que se tratava de algo inédito.
“Assim que recebemos o exemplar, notamos que era uma espécie nova. As diferenças no bulbo copulador e no número de espinhos nas patas dianteiras confirmaram isso”, explicou Montenegro ao portal Ladera Sur. A descoberta foi publicada na Revista Ibérica de Aracnologia, consolidando a importância do achado para a ciência.
Hábitos e características da aranha venenosa gigante
A Calathotarsus gigas não impressiona apenas pelo tamanho. Essa aranha venenosa é capaz de cavar tocas tubulares com até 30 cm de profundidade, um comportamento raro entre as espécies conhecidas. Além disso, ela possui glândulas de veneno, mas os pesquisadores garantem que as chances de uma picada são mínimas.
“Ela tem veneno, mas a probabilidade de picar alguém é extremamente baixa. As fêmeas quase nunca saem de suas tocas, e os machos só deixam o abrigo em épocas específicas para buscar uma parceira”, destacou Montenegro em entrevista à revista LUN. Ou seja, apesar de ser uma aranha venenosa gigante, ela representa pouco risco para os humanos.
Por que essa descoberta é tão importante?
A identificação da Calathotarsus gigas não apenas aumenta a lista de espécies de aranhas no Chile, mas também reforça a importância da preservação da biodiversidade. Cada descoberta como essa nos lembra de como ainda há muito a explorar e entender sobre o mundo natural.
Leia também:
Surfista morre após ataque de peixe-espada, animal que existe no Brasil