A coroação do rei Charles III está marcada para 6 de maio e parece que todos os detalhes musicais estão bem encaminhados. Para a ocasião, doze novas composições foram preparadas – incluindo seis obras orquestrais, cinco cantos para corais e uma para órgão – e um novo Hino da Coroação foi criado. Um coro gospel foi escolhido a dedo e somente compositores de renome mundial foram chamados para se encarregarem das músicas recém-encomendadas.
O hino, que deverá ser o tema da coroação, foi composto por ninguém mais, ninguém menos do que o aclamado produtor musical britânico Andrew Lloyd Webber, autor dos musicais “Cats” e “O Fantasma da Ópera”, que rodaram o mundo. Andrew afirmou ter utilizado “palavras ligeiramente adaptadas do Salmo 98” e estar “incrivelmente honrado” por fazer parte da cerimônia.
Outra marcha foi composta por Patrick Doyle, um compositor escocês premiado, que é mais conhecido por seu trabalho em filmes como “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, “Gosford Park” e “Carlito’s Way”. A cerimônia incluirá também autores clássicos, o que resultará em “uma variedade de estilos musicais e artistas misturando tradição, herança e cerimônia com novas vozes musicais de hoje”, conforme resume o Palácio de Buckingham.
Dentre as doze composições, haverá uma em especial que será mais sentimental. O rei Charles III, que selecionou pessoalmente o programa musical para o evento, solicitou que a música ortodoxa grega, cujas origens remontam ao período bizantino, fosse apresentada no serviço em homenagem a seu falecido pai, o príncipe Philip, que nasceu na ilha grega de Corfu.
Além disso, temas musicais de países do Commonwealth serão apresentados nos solos de órgão de Iain Farrington. Uma das seções litúrgicas da cerimônia, inclusive, ocorrerá em galês, para refletir o “longo relacionamento e parceria [do Rei Charles] com o País de Gales”.
Andrew Nethsingha, organista e mestre dos coristas da Abadia de Westminster, disse que todos as cerimônias de coroação são uma mistura de “tradição profundamente enraizada e inovação contemporânea”, e elogiou o novo monarca britânico por “escolher bons músicos e música acessível e comunicativa para esta grande ocasião”.