O fóssil de um mamute foi um encontrado por cientistas russos na região de Yakutia, na Sibéria. Os restos mortais de um filhote da espécie estava no degelo do pergelissolo, tipo de solo permanentemente congelado. As condições climáticas e do solo favoreceram a preservação.
A estimativa dos pesquisadores é que o animal morreu com apenas um ano de idade. Além disso, o pequeno mamute tinha 100 kg, 120 cm de altura e 200 cm de comprimento. Os pesquisadores apelidaram o fóssil de Yana, nome do rio onde ocorreu a descoberta.
Young mammoth remains found nearly intact in Siberian permafrost https://t.co/ZYFFRkrsj9 pic.twitter.com/wo1i6sBkog
— Reuters (@Reuters) December 23, 2024
A preservação de partes como a cabeça e a tromba surpreendeu os cientistas, uma vez que geralmente essas áreas são consumidas por predadores após a morte do animal. Segundo os pesquisadores, essa é a carcaça de mamute mais bem preservada do mundo.
Como eram os mamutes?
A semelhança com elefantes foi notável, muito graças à pequena tromba do animal. Entre os mamutes adultos, o tamanho variava de acordo com a espécie, mas, em média, eles tinham mais de 4 metros de altura e pesavam entre 6 e 8 toneladas.
Eles eram herbívoros e viviam em grupos durante a Era do Gelo. Os animais tinham um corpo robusto, coberto por uma camada espessa de pêlos e uma tromba muscular. As grandes presas curvadas podiam medir mais de 5 metros de comprimento.
Ainda não há um consenso sobre a razão para a extinção dos mamutes. As teorias mais discutidas atribuem
a uma combinação de mudanças climáticas e à caça por humanos pré-históricos. A endogamia (acasalamento de indivíduos geneticamente semelhantes) pode ter causado doenças graves e contribuído para a extinção da espécie.
A descoberta do fóssil
O fóssil foi exibido à comunidade científica na Universidade Federal do Noroeste de Yakutsk. Anatoli Nikolaïev, reitor da universidade, falou sobre a conservação do espécime: “A conservação excepcional deste mamute nos surpreendeu a todos: não há perda de cabeça, tromba, orelhas ou boca, nem danos ou deformações visíveis”.
O instituto celebrou o impacto do achado no estudo sobre a espécie: “Essa descoberta fornecerá informações sobre o desenvolvimento dos mamutes, suas características adaptativas, as condições paleoecológicas de seus habitats e outros aspectos”.
Antes de Yana, pesquisadores só encontraram outros seis fósseis de mamutes em todo o mundo. Cinco deles na própria Rússia, e o restante no Canadá. A região de Yakutia também foi palco de outros achados, como os restos mortais de 32 mil anos de um pequeno filhote de gato dente-de-sabre, e a carcaça de lobo de 44 mil anos.
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