No Dia Nacional do Livro, celebrado em 29 de outubro, nada melhor do que revisitar a riqueza da literatura brasileira, que nos encanta com histórias autênticas e envolventes. Nomes consagrados trazem em suas obras um pouco da complexidade do Brasil, abordando temas universais como amor, injustiça social e as nuances da cultura nacional. Para comemorar a data, AnaMaria selecionou cinco escritores brasileiros que marcaram época com suas obras e continuam a inspirar gerações. Confira!
5 clássicos para conhecer no Dia Nacional do Livro
Clarice Lispector — A Hora da Estrela (1977)
Em ‘A Hora da Estrela’, Clarice Lispector retrata a história de Macabéa, uma jovem nordestina que se muda para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor. A narrativa tocante é conduzida pelo narrador Rodrigo S.M., e o livro explora a simplicidade e a dor da personagem, oferecendo uma visão profunda sobre a invisibilidade e a solidão. Clarice é conhecida por seu estilo único, introspectivo e sensível, que toca profundamente quem lê suas palavras.
Jorge Amado — Gabriela, Cravo e Canela (1958)
Um dos maiores escritores brasileiros, Jorge Amado conquistou leitores com o romance ‘Gabriela, Cravo e Canela’, que retrata o cotidiano de Ilhéus, Bahia, nos anos 1920. A história de Gabriela, uma jovem espontânea e de origem humilde, aborda temas como coronelismo e modernização do Brasil. Amado não apenas nos apresenta a beleza da Bahia, mas também a força e resiliência da mulher brasileira, que é uma característica de muitas de suas obras.
Machado de Assis – Dom Casmurro (1899)
Conhecido como o ‘Shakespeare brasileiro’, Machado de Assis é uma figura indispensável na literatura nacional. Em ‘Dom Casmurro’, ele constrói a famosa história de Bentinho e Capitu, um dos triângulos amorosos mais enigmáticos da literatura. A narrativa em primeira pessoa e o uso de nuances psicológicas tornam a obra um verdadeiro estudo sobre as complexidades humanas. Até hoje, leitores se perguntam: Capitu traiu Bentinho?
João Guimarães Rosa — Grande Sertão: Veredas (1956)
João Guimarães Rosa criou um marco da literatura brasileira com ‘Grande Sertão: Veredas’, um romance complexo e fascinante que explora a jornada do jagunço Riobaldo no sertão brasileiro. A obra reflete o misticismo e a realidade do sertão, com questões existenciais e dilemas profundos sobre a natureza humana, a amizade e o amor. O estilo de Rosa, com suas invenções linguísticas, convida o leitor a mergulhar de cabeça em uma narrativa singular.
Graciliano Ramos — Vidas Secas (1938)
Em ‘Vidas Secas’, Graciliano Ramos retrata a vida árdua de uma família sertaneja em meio à seca do Nordeste. Fabiano, Sinhá Vitória, seus filhos e a cadela Baleia lutam para sobreviver, e o livro expõe de forma crua e poética as dificuldades da vida no sertão. A obra é um dos grandes exemplos do regionalismo literário brasileiro, oferecendo um retrato sincero e emocional das injustiças sociais que afetam o país.
Essas obras refletem a profundidade e a beleza da literatura nacional e mostram como os escritores brasileiros têm o poder de capturar a essência do Brasil. Ler esses livros é uma forma de entender melhor o país, conectar-se com suas raízes e valorizar a produção literária nacional. Neste Dia Nacional do Livro, aproveite a oportunidade para redescobrir esses clássicos e explorar novos autores que continuam a enriquecer nossa cultura.
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