O aumento não ocorre de forma isolada: carnes bovina, suína e de frango também registraram forte alta, levando os consumidores a buscar alternativas mais acessíveis, como o ovo. E, nada como a lei do mercado: com o aumento da demanda, aumenta também o preço da oferta.
Somamos a isso o custo do milho, outro alimento que está mais caro e às condições climáticas, que impactam a produtividade das aves e pronto: temos o preço de 30 ovos por mais de R$ 40 em alguns mercados, o que registra alta de 43% em um ano!
Por que o preço do ovo aumentou tanto? Entenda:
Entre os principais fatores para o encarecimento do ovo estão:
- Inflação dos alimentos: o aumento dos preços das carnes faz com que o ovo se torne a principal alternativa proteica, aumentando a demanda e, consequentemente, os preços.
- Custo do milho: o milho, base da alimentação das galinhas poedeiras, também registrou alta expressiva, pressionando os custos de produção e impactando diretamente o valor final do ovo.
- Condições climáticas: O calor excessivo afeta a produtividade das aves, impactando a oferta no mercado.
O preço do ovo pode cair nos próximos meses?
A expectativa de normalização do preço do ovo se daria apenas após a Quaresma, mas isso também não é garantido. Afinal, mais do que um fator sazonal, o aumento dos preços está diretamente ligado à inflação dos alimentos.
A demanda por ovos tem crescido de maneira contínua, tornando-se um item essencial na dieta dos brasileiros, já que a carne está cada dia mais cara.
Em 2023, o consumo médio per capita foi de 242 unidades, subindo para 269 em 2024, com projeções para alcançar 272 ovos por pessoa em 2025.
Inflação e taxa de juros: um ciclo preocupante
O cenário de inflação persistente preocupa economistas, pois afeta diretamente o poder de compra da população.
Além do ovo, diversos produtos básicos seguem em alta devido ao aumento dos custos de produção. A taxa de juros, ferramenta utilizada para conter a inflação, deve sofrer mais um reajuste, podendo chegar a 15% até o final de 2025.
Se medidas eficazes para controlar a inflação não forem adotadas, o impacto sobre os alimentos continuará elevando ainda mais os custos da cesta básica e reduzindo o acesso da população a proteínas essenciais.
O que esperar para os próximos meses?
Embora alguns analistas esperem uma leve estabilização no preço dos ovos, a tendência geral segue sendo de alta, impulsionada pela inflação e pelo encarecimento da produção agropecuária.
Medidas econômicas mais robustas são essenciais para evitar que o custo dos alimentos continue pressionando o orçamento dos brasileiros.
Diante desse cenário, o consumidor deve se preparar para oscilações de preços e buscar alternativas para manter uma alimentação equilibrada sem comprometer o orçamento.
Leia também:
Comer ovo de ema é crime? Entenda polêmica na fala de Lula