Além das festas de fim de ano, das viagens, do IPTU e do IPVA, um outro gasto também consome uma boa parte do orçamento: o material escolar. O ano de 2025 está chegando e muitas família já começam a se organizar para não sair do planejamento. Você sabe como economizar no material escolar?
Em 2022, um levantamento da Fundação Proncon de São Paulo apontou que o preço de um mesmo produto pode variar até 381,11% entre lojas na internet. Por exemplo, a mesma caixa de massa de modelar de seis cores custava R$ 2,70 em uma loja e R$ 12,99 em outra.
Segundo Marina Faria, especialista em planejamento financeiro da Me Poupe!, isso acontece, em parte, por conta da inflação. “A inflação faz com que os preços subam porque o dinheiro perde valor. Quando o dinheiro desvaloriza, os preços aumentam, assim como os custos das matérias-primas, como papel, tinta, celulose e borracha. Esses aumentos ocorrem todos os anos, impactando diretamente o custo do material escolar. Analisando os últimos anos, observa-se que esses aumentos são recorrentes”, diz à AnaMaria.
Como economizar no material escolar?
Uma vez que o aumento é recorrente, a grande dúvida é: como economizar no material escolar? A lista de itens costuma ser extensa e a pesquisa de itens entre lojas se torna fundamental.
Em alguns casos, vale organizar compra por atacado com outros pais para conseguir preços mais vantajosos. Marina afirma que a principal dica para economizar no material escolar é priorizar o que é essencial. Por exemplo, mochilas e estojos podem ser reaproveitados de um ano letivo para o outro.
“Muitas vezes, os pais e as crianças querem comprar de tudo, especialmente ao visitar papelarias, onde há muitos produtos atrativos. No entanto, é importante focar apenas no necessário”, diz.
Outra estratégia para economizar é organizar troca ou venda de materiais com outros pais. Livros, por exemplo, podem ser reaproveitados se estiverem em bom estado e vendidos para outros alunos da mesma escola. “Há casos de famílias que vendem livros usados, permitindo uma economia significativa”, afirma a especialista.
Personalizar o material escolar em casa também é uma solução para diminuir os gastos, afinal, muitas marcas são associadas a personagens e costumam ser mais caras. Essa prática, inclusive, pode render um bom momento com as crianças.
“É possível criar decorações personalizadas nos cadernos e nas capas de livros, lápis e canetinhas. Essa prática pode reduzir consideravelmente os custos, substituindo produtos mais caros por materiais mais acessíveis, além de criar memórias especiais em família”, indica Marina
Além disso, muitas instituições pedem materiais coletivos que vão além do uso direto dos alunos, como papel higiênico, copos descartáveis e giz de lousa. Entretanto, isso não deve ser uma responsabilidade dos pais.
“Esses custos devem ser assumidos pela instituição e já estão inclusos na mensalidade e na matrícula. Não devem ser repassados aos pais. A responsabilidade dos pais é adquirir o material escolar que será utilizado pelos filhos, como livros, lápis e cadernos”, destaca a especialista.
Lembre-se ainda de pedir descontos e analisar se vale a pena pagar à vista – vale ponderar para evitar uma bola de neve nas contas do começo do ano. Não se esqueça da nota fiscal para o caso de precisar trocar algum produto.
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