O crescimento do PIB brasileiro no terceiro trimestre de 2024, de 0,9% em relação ao trimestre anterior, mostra sinais de recuperação econômica. Esse avanço coloca o Brasil no mesmo patamar de crescimento que a China no período e atrás apenas da Indonésia e México entre os países do G20.
O Produto Interno Bruto (PIB), que mede o total de bens e serviços produzidos no país, é um dos principais indicadores para avaliar a saúde econômica de uma nação. Mas como ele é calculado e, mais importante, como afeta nossa vida cotidiana?
O que compõe o PIB?
O cálculo do PIB envolve três principais abordagens: produção, despesa e renda. No caso do Brasil, o IBGE utiliza a abordagem de produção, que soma o valor de todos os bens e serviços finais gerados em setores como agropecuária, indústria e serviços.
Neste último trimestre, os serviços apresentaram crescimento de 0,9%, liderados por atividades como informação e comunicação (2,1%) e serviços financeiros (1,5%). A indústria também registrou alta de 0,6%, com destaque para as indústrias de transformação (1,3%). Em contrapartida, a agropecuária teve um recuo de 0,9%, influenciado por desafios climáticos e safras menores.
Por que o crescimento do PIB importa?
O crescimento do PIB está diretamente ligado à qualidade de vida da população. Quando a economia cresce, há mais geração de empregos, aumento da renda e, em muitos casos, maior investimento em infraestrutura e serviços públicos.
Por outro lado, um PIB em queda pode indicar recessão, o que geralmente resulta em aumento do desemprego, redução de investimentos e retração do consumo. É por isso que o indicador é tão acompanhado por governos, empresas e até consumidores.
Impacto do crescimento do PIB no dia a dia
Embora o crescimento do PIB seja um dado macroeconômico, ele tem reflexos no cotidiano:
- Empregos e renda: setores em alta, como serviços e indústria, tendem a criar mais oportunidades de emprego e oferecer melhores salários. Por exemplo, a expansão em serviços financeiros e comércio sugere uma recuperação em áreas urbanas;
- Preços e consumo: uma economia aquecida geralmente estimula o consumo, mas também pode elevar a inflação se a oferta não acompanhar a demanda;
- Investimentos públicos e privados: o aumento da arrecadação impulsionado pelo crescimento econômico pode ser revertido em obras e políticas públicas, beneficiando áreas como educação, saúde e transporte.
O que esperar a partir desses números?
O crescimento do PIB no terceiro trimestre é um indicativo positivo, mas não significa que todos os problemas econômicos foram superados. Enquanto serviços e indústrias mostram avanço, o desempenho da agropecuária e algumas áreas da indústria ainda demandam atenção.
Para o cidadão comum, esse crescimento pode se traduzir em melhorias graduais no emprego e na renda. No entanto, é essencial que os governos e empresas aproveitem este momento para investir em setores estratégicos, garantindo uma recuperação sustentável e inclusiva.
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