Sim, é possível continuar recebendo o Bolsa Família mesmo com registro em carteira. O programa considera a renda per capita da família e oferece mecanismos de proteção para quem conquista emprego formal.
Com valor mínimo de R$ 600 e valor médio de R$ 682,22 (setembro de 2025), o benefício continua sendo um complemento essencial para famílias em situação de vulnerabilidade.
Ter carteira assinada cancela automaticamente o Bolsa Família?
Ter vínculo empregatício não significa cancelamento automático do benefício. Famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 218 continuam elegíveis, mesmo que um ou mais integrantes tenham emprego com carteira assinada.
Por exemplo, se uma família com quatro pessoas tem renda total inferior a R$ 872, ela continua dentro do critério, mesmo com um membro empregado formalmente. Isso vale inclusive para quem recebe salário mínimo.
Segundo o ministro Wellington Dias, em 15 de abril de 2025, “quando alguém assina a carteira de trabalho, isso não é motivo — por si só — para cancelar o benefício. Na verdade, o objetivo é alcançar a superação da pobreza”.
Como funciona a regra de proteção em 2025?
A regra de proteção assegura que famílias que ultrapassam o limite de renda continuem recebendo parte do Bolsa Família por tempo determinado. Elas passam a receber 50% do valor do benefício, desde que a nova renda não ultrapasse o teto estabelecido.
- Até 12 meses para famílias com renda instável que ingressarem na regra a partir de junho de 2025, desde que a renda per capita não ultrapasse R$ 706
- Até 2 meses para famílias com renda estável (aposentadoria, pensão, BPC)
- Até 24 meses para famílias que já estavam na regra antes de junho de 2025, mantendo o limite anterior de meio salário mínimo (aproximadamente R$ 706 per capita)
Essa proteção evita que famílias sejam excluídas abruptamente do programa, garantindo uma transição mais segura rumo à estabilidade financeira.
Quantos trabalhadores recebem o Bolsa Família atualmente?
Segundo dados divulgados pelo ministro Wellington Dias em abril de 2025, cerca de 7 milhões de brasileiros trabalham e ainda recebem o Bolsa Família:
- 4 milhões recebem o valor integral
- 3 milhões estão sob a regra de proteção
Nota: Estes são os dados mais recentes disponibilizados oficialmente pelo governo federal.
Esses dados mostram que é comum manter o benefício mesmo após conquistar um emprego formal, reforçando o papel do programa como apoio à inclusão produtiva.
Qual o impacto da formalização no Bolsa Família?
A entrada no mercado formal está sendo acompanhada por ações que estimulam a permanência das famílias no programa, dentro dos critérios.
Segundo dados mais recentes, beneficiários do Cadastro Único ocuparam 80% das vagas de emprego formal no primeiro semestre de 2025.
Esse dado reforça o alinhamento entre inclusão no mercado de trabalho e manutenção do apoio social nos casos necessários.
Qual é o valor total que uma família pode receber ao ano?
Para famílias com múltiplos adicionais (várias crianças pequenas e gestante), o valor anual pode variar significativamente conforme a composição familiar.
Famílias na regra de proteção recebem 50% do valor, podendo chegar a R$ 3.600 anuais nos casos de benefício base (R$ 300 x 12 meses).
Ou seja, o valor final depende da combinação de fatores como idade dos filhos, gestação, presença de bebês, e a condição de trabalho dos integrantes.
Quantas famílias são atendidas atualmente pelo Bolsa Família?
O programa atende atualmente 19,07 milhões de famílias brasileiras (setembro de 2025), atuando como principal rede de proteção social para os mais vulneráveis. Há tendência de redução gradual no número de beneficiários com o avanço da formalização e aumento da renda familiar.
Dados atualizados até setembro de 2025
Importante: Os dados sobre trabalhadores que recebem Bolsa Família (7 milhões) são referentes a abril de 2025, sendo as informações oficiais mais recentes disponibilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Para informações sempre atualizadas, consulte os canais oficiais do governo federal.