A metade do ano já foi e, portanto, esse é o momento perfeito para realizar um balanço das finanças pessoais e identificar possíveis ajustes a serem feitos na rotina. Veja a seguir dicas de organização financeira para colocar em prática no meio do ano.
Colocar a vida financeira em dia é uma necessidade para evitar o endividamento. Trata-se de uma preocupação nacional, já que, em maio de 2024, 44% dos brasileiros (72,54 milhões de pessoas) estavam inadimplentes, segundo levantamento mensal do Serasa.
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“Na grande maioria dos casos, os problemas financeiros são causados mais por uma má administração dos recursos do que pelo valor da renda em si”, diz Paco Fazito, consultor financeiro e embaixador da S.I.N. Implant System. “Organizar as finanças não é apenas uma questão de economia de dinheiro, mas sim de criar caminhos para a realização de sonhos e objetivos e conquistar a tão sonhada liberdade financeira”, completa.
Entretanto, ainda há tempo para colocar a vida financeira em dia, como afirma Túlio Matos, co-fundador e CEO da fintech iCred. “Ainda há tempo para se organizar e verificar se os objetivos financeiros do ano estão sendo alcançados. Se necessário, é possível implementar mudanças para corrigir a rota, como cortar gastos, renegociar dívidas e revisar metas”, afirma à AnaMaria.
Veja a seguir algumas dicas de organização financeira de Paco e Túlio que podem ser colocadas em prática agora, no meio do ano.
1. Conheça seus ganhos e gastos
O primeiro passo para uma organização financeira eficiente é entender todos os detalhes da situação financeira atual. Ou seja, é preciso listar todos os ganhos mensais (salário, renda extra, benefícios e qualquer outra fonte de receita).
Depois, identifique os gastos e divida-os em duas categorias: despesas fixas e variáveis para entender melhor como o dinheiro está sendo usado. “Fazer esse controle é fundamental para que seja possível avaliar onde é possível economizar e controlar os gastos”, explica Paco.
Túlio recomenda analisar as áreas onde é possível reduzir gastos, focando especialmente nas contas desnecessárias ou impulsivas, que podem ser eliminadas. Considere cortar assinaturas não utilizadas e ajustar hábitos de consumo.
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2. Estabeleça metas financeiras
Quando existem objetivos a serem perseguidos, fica mais fácil tomar decisões, manter a disciplina e a motivação. “As metas devem ser específicas, relevantes e com prazo determinado. Hoje em dia existem vários aplicativos de banco que permitem ao usuário criar caixinhas para suas metas, o que simplifica esse processo”, indica Paco.
3. Crie um plano de orçamento
Faça uma planilha detalhada para garantir que o valor que você ganha seja sempre superior do que seus gastos. Isso, certamente, ajuda a economizar.
“Neste documento, a pessoa deve criar categorias, como moradia, alimentação, transporte, lazer e poupança e, em seguida, determinar um limite de gastos para cada uma”, orienta Paco. “É importante revisá-lo com frequência para adaptá-lo sempre que for necessário”, completa.
4. Reserva de emergência e investimentos
Uma organização financeira inclui a construção de uma reserva de emergência, que serve para cobrir imprevistos. Túlio afirma que, idealmente, ela deve ser o suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas, servindo de segurança contra eventos inesperados, como perda de emprego ou gastos médicos.
“Esse aporte deve estar investido em um produto financeiro seguro, com baixíssima chance de perdas e alta liquidez, já que o resgate pode acontecer a qualquer momento”, diz Paco.
Além disso, revise periodicamente os investimentos para garantir que estejam alinhados com as metas de longo prazo. Avaliar o desempenho das aplicações e fazer ajustes para maximizar os retornos ajudam a manter a consistência com os objetivos.
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