Oito em cada dez brasileiros sofrem com ansiedade financeira, de acordo com dados do Serasa, que revelam um impacto direto na saúde mental da população: 70% já perderam o sono por causa de dívidas, 65% escondem suas dificuldades e 45% sentem culpa ao pedir ajuda. Sintomas como insônia, irritabilidade e isolamento social têm sido cada vez mais associados ao medo de não conseguir lidar com o dinheiro.
Para a psicanalista e especialista em reprogramação mental Elainne Ourives, o problema está ligado a crenças inconscientes herdadas. “O dinheiro não é só número em planilha, é energia. As crenças herdadas da família criam uma vibração de escassez que mantém as pessoas presas ao medo. Enquanto esse padrão não for ressignificado, o ciclo de ansiedade continua”, explica. Estudos de psicologia e epigenética reforçam que memórias emocionais de escassez podem ser transmitidas entre gerações, afetando decisões financeiras mesmo em contextos mais estáveis.
Elainne, criadora da Técnica Hertz, que combina neurociência e física quântica, recomenda seis práticas para transformar a relação com o dinheiro: identificar e ressignificar crenças limitantes, reprogramar o subconsciente com afirmações positivas, elevar a frequência vibracional, agir de forma consciente e praticar o desapego.
O impacto emocional das dívidas
Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que pessoas endividadas têm até três vezes mais risco de desenvolver depressão e transtornos de ansiedade. A culpa e a vergonha associadas à dívida fazem com que muitos evitem conversar sobre o assunto, o que agrava o isolamento e impede o acesso a soluções práticas, como renegociação de valores ou aconselhamento financeiro.
Caminhos para recuperar o equilíbrio
Especialistas em comportamento financeiro recomendam começar pela organização. Anotar entradas e saídas, definir metas de curto e longo prazo e priorizar o pagamento das dívidas com juros mais altos ajudam a reduzir o estresse. Técnicas de respiração e meditação também auxiliam a reequilibrar o sistema nervoso, tornando mais fácil lidar com decisões financeiras sob pressão.
Educação financeira e herança emocional
A forma como cada pessoa lida com o dinheiro é aprendida desde a infância. Famílias que associam riqueza à culpa ou escassez à sobrevivência tendem a reforçar crenças limitantes nos descendentes. Inserir a educação financeira na rotina das crianças e falar abertamente sobre o tema em casa contribui para quebrar esse ciclo e criar uma relação mais saudável com o dinheiro.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1492, de 24 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.








