O Ano-Novo Chinês inicia nesta quarta-feira (29) e é considerado a festividade mais significativa da China. Este evento, que se estende por um período de 15 dias, é repleto de tradições como encontros familiares, exibições de fogos de artifício, jantares elaborados e a troca de presentes. Para os brasileiros que desejam vivenciar essa celebração no país asiático, existe a possibilidade de permanecer por até 10 dias sem a necessidade de visto.
Os cidadãos brasileiros podem aproveitar a isenção de visto de trânsito ao visitarem a China, o que fortalece as relações bilaterais entre Brasil e China e impulsiona o turismo na região. Os vistos destinados ao turismo e negócios podem ter validade de até 10 anos.
Mas, afinal, será que é caro celebrar o ano novo no outro lado do mundo? Confira!
Custos de viagem
Para aqueles interessados em acompanhar essa festividade, é essencial considerar os custos envolvidos, incluindo passagens aéreas, visitas aos principais pontos turísticos e alimentação.
De acordo com dados da Civitavis, uma empresa global especializada em visitas guiadas e excursões, os preços médios das passagens aéreas para uma estadia de sete dias na China saindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, são os seguintes:
- Pequim: R$ 7.100 – R$ 7.600
- Xangai: R$ 6.800 – R$ 7.200
- Guangzhou: R$ 8.300 – R$ 8.600
Além das passagens, os custos de hospedagem também variam conforme a cidade escolhida: em Pequim os preços ficam entre R$ 290 – R$ 460; em Xangai entre R$ 200 – R$ 360; e em Guangzhou entre R$ 180 – R$ 300 por diária.
Vale lembrar ainda dos preços dos passeios turísticos, que vão depender do tamanho do grupo. A Muralha da China, por exemplo, é dividida em três seções principais e cada um tem um preço diferente.
Entendendo a celebração
O Ano Novo Chinês, também conhecido como Festival da Primavera, é uma comemoração tradicional que marca o início do novo ano segundo o calendário lunissolar. Diferente do calendário gregoriano utilizado no Brasil, o revéillon chinês é definido pela segunda Lua Nova após o solstício de inverno.
A celebração está intimamente relacionada à agricultura e às estações do ano, simbolizando o fim do inverno e o início da primavera, um momento propício para celebrar as colheitas esperadas após meses de trabalho árduo. É também um período para invocar sorte e prosperidade para o novo ciclo agrícola.
No contexto do calendário chinês, o dia 29 de janeiro de 2025 corresponde ao início do ano lunar de 4723.
Cada ano no calendário chinês é associado a um dos doze animais do zodíaco — rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e porco — além de estar vinculado a um dos cinco elementos: fogo, terra, metal, água e madeira. O ano atual é da Serpente de Madeira.
A celebração também é repleta de mitos; um deles narra que o festival teve origem na luta contra Nian, uma criatura mítica que aterrorizava vilarejos e que era afugentada por fogos de artifício e pela cor vermelha.
O Festival da Primavera se estende oficialmente por 15 dias e culmina no Festival das Lanternas.
A relação Brasil-China
A China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 e lidera como destino das exportações brasileiras desde a crise financeira global em 2008. Além das conexões econômicas robustas entre as duas nações, a China abriga a segunda maior comunidade brasileira na Ásia. Dados do Ministério das Relações Exteriores indicam que há aproximadamente 5.940 brasileiros vivendo no país asiático em 2022, muito distante dos 206 mil residentes no Japão.
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