Se não tomarmos cuidado com a alimentação, os embutidos podem estar presentes em quase todas as refeições: na torrada do café da manhã, no caldo de feijão do almoço, no recheio de um salgado à tarde, na pizza do jantar… E assim por diante. Por isso, ainda que a maior parte das pessoas saiba que estas não são as opções de comida mais saudáveis, pode ser difícil tirá-las do cardápio. Afinal, a oferta é tanta! Mas nunca é tarde para mudar de hábitos: entenda o efeito do consumo excessivo de embutidos no organismo e veja como substituí-los sem sair perdendo no sabor.
Do que eles são constituídos?
De acordo com o programa de emagrecimento Vigilantes do Peso, os embutidos (tais como salsicha, linguiça, presunto e mortadela) foram criados como uma maneira de conservar as carnes por mais tempo em uma época em que os métodos de conservação eram escassos. E até hoje o processo de preparação deles é parecido: as carnes são processadas e a elas são adicionados ingredientes conservantes, como o sal. Com o passar do tempo e a descoberta de novos compostos químicos, outras substâncias não naturais foram incorporadas às receitas.
Os riscos para a saúde
Ana Paula Santos, nutricionista ortomolecular e lifestyle coaching, alerta: “O consumo desses produtos aumenta a carga de aditivos químicos no corpo e pode estar associado com o aparecimento de alergias. Eles também contribuem para o aumento da pressão arterial, gastrite, retenção de líquidos, enxaquecas e aumento de peso”. E há ainda outro fator, muito importante, a ser considerado sobre o assunto: “A Agência Internacional de Pesquisa para o Câncer, da Organização Mundial da Saúde, já emitiu um alerta sobre essa categoria, tendo em vista que a frequente ingestão de carne processada está relacionada com o aparecimento de cânceres, em especial o colorretal”, completa.
Peito de peru: saudável ou não?
Por ser pobre em gorduras quando comparado a outros tipos de embutidos, o peito de peru acabou ganhando a fama de ser um alimento mais leve que os demais. No entanto, Ana Paula explica que, por ser menos rico em gorduras, ele recebe uma quantidade maior de aditivos químicos para ser saborizado. Um exemplo é o glutamato monossódico: um sal que realça o sabor do produto e estimula as papilas da língua, o que pode piorar quadros de compulsão alimentar. “Além disso, ele traz várias alterações para o organismo, tais como fadiga, cansaço, alterações de humor e na memória”, complementa a nutricionista Bianca Oliveira. Não caia nesse conto!
O Vigilantes do Peso também alerta para as salsichas, linguiças e outros frios à base de peru ou frango, uma vez que eles também podem conter muito sal na composição. Na dúvida, verifique o rótulo!
Faça substituições inteligentes!
Para trocar esses alimentos, prefira os ingredientes naturais. Ovos mexidos, frango desfiado, creme de castanhas ou amendoim, pasta de berinjela ou grão-de-bico, ricota amassada com azeite e ervas ou atum amassado com coentro e azeite são excelentes opções.