Com a passagem de datas comemorativas, a busca por receitas, dietas e fórmulas que prometem desinchar e limpar o organismo inflamado por uma alimentação excessiva e composta de alimentos não-saudáveis são cada vez mais procuradas.
Entretanto, a busca por emagrecimento a qualquer custo nem sempre é sinônimo de uma vida feliz e da utilização de um cardápio que supra as necessidades de vitaminas, minerais, antioxidantes e nutrientes específicos que o corpo pode precisar.
“A dieta para desintoxicação de um corpo deve ser individualizada e acompanhada por um profissional nutricionista, já que cada pessoa tem uma individualidade bioquímica que precisa ser analisada para que esse processo ocorra adequadamente”, alerta Michelle Troitinho, nutricionista do Kurotel em Gramado (RS).
Separamos cinco verdades universais para ajudar na desintoxicação do organismo.
1. O chocolate faz bem para a saúde
Apesar de conter uma grande quantidade de energia (Kcal) que pode contribuir para o aumento de peso, o produto é rico em nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo como magnésio, ferro, cromo, manganês, zinco, cobre, vitaminas B6, B3 e C e fibras.
Além de possuir quantidades significativas do aminoácido triptofano, é um poderoso intensificador do bom humor, responsável por elevar os níveis dos neurotransmissores serotonina, dopamina e feniletilamina no cérebro, o que contribui para a diminuição da ansiedade e do estresse.
“O segredo está no consumo moderado e na escolha de chocolates com maior teor de cacau já que, para reduzir custos de produção, as indústrias têm substituído alguns ingredientes, fazendo com que diminua a quantidade de nutrientes encontrados no chocolate amargo”, explica Michelle.
2. É possível diminuir a vontade de ingerir doces
Uma forma de amenizar a vontade de comer doces com alto teor de açúcar é optar pelo consumo das frutas secas (damasco, ameixa, tâmaras, passas de uva), frutas cozidas (maçã, pera, banana) e sorbet de frutas, que são ótimas opções por serem preparadas com o açúcar natural delas. Essas substituições podem entrar na alimentação como lanches, sobremesas do almoço e até ceias.
3. O organismo precisa mais de uma semana para conseguir se desintoxicar
“A grande maioria das pessoas pensam que fazer uma dieta detox de 3 ou 5 dias irá emagrecer e eliminar todas as toxinas. No entanto, é importante destacar que a desintoxicação tem como objetivo promover a redução de substâncias inflamatórias e aumentar a eliminação de toxinas do organismo, ou seja, seu real objetivo não é proporcionar um emagrecimento acelerado e passageiro”, explica a especialista.
Para que essa meta seja atingida é preciso excluir por vinte dias da alimentação os principais alimentos que podem ser prejudiciais ao organismo, como por exemplo, carne vermelha, açúcares, laticínios, alimentos industrializados ricos em aditivos químicos, incluindo alimentos enlatados, embutidos e refinados, além de refrigerantes, café, sucos artificiais, frituras e bebidas alcóolicas.
4. Sucos desintoxicantes não resolvem tudo sozinho
Há aqueles que optam pela dieta através da ingestão de sucos, porém, sozinho o líquido não possui ação tão efetiva como quando associado a uma alimentação saudável e equilibrada que pode fornecer todos os nutrientes necessários para dar o suporte adequado ao organismo e eliminar todas as toxinas.
Outras opções são os chás de plantas que ajudam a prevenir e aliviar o inchaço, são eles: o chá verde, chá branco, chá de hibiscos, chá de cavalinha, chá de dente de leão, etc.
5. O ideal é sempre seguir hábitos alimentares saudáveis.
Os maus hábitos alimentares são seguidos por maior parte das pessoas que buscam uma solução milagrosa após datas comemorativas como, por exemplo, a Páscoa. O melhor resultado, na verdade, é alcançado por meio de hábitos saudáveis que irão trazer para a pessoa uma vida mais equilibrada e livre de inflamações causadas pelo consumo excessivo de alimentos.
“Recomendo consumir diariamente cereais integrais (arroz, aveia, quinoa), frutas, vegetais folhosos verdes, legumes crus e cozidos, sementes oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), sementes (abóbora, girassol, chia, gergelim), leguminosas (feijões, lentilha, grão de bico), ovo, peixes, tubérculos (batata doce, aipim, inhame), entre outros. Além disso, substituir o que for possível por alimentos de cultivo orgânico, para minimizar a exposição a pesticidas, herbicidas, hormônios e antibióticos. Além disso, substituir o que for possível por alimentos de cultivo orgânico, para minimizar a exposição a pesticidas, herbicidas, hormônios e antibióticos”, completa.