Verão é sinônimo de sol, praia e piscina para muitas pessoas e, consequentemente, de ‘pegar um bronze’. No entanto, a estação passa rápido e mantê-lo no resto do ano é praticamente impossível. Você sabe como conseguir prolongar o bronzeado?
A prática de bronzeamento não é recomendada por dermatologistas, uma vez que a exposição solar excessiva pode prejudicar a pele. “O bronzeamento solar oferece danos à pele mesmo com proteção, pois não existe bronzeado saudável. Toda pigmentação é uma resposta de defesa da pele aos raios solares. A pele se defende produzindo melanina”, diz a dermatologista Laís Rios, membro e especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Mas para quem não abre mão do bronzeado, o preparo da pele se torna essencial. “Faça uma esfoliação suave para remover células mortas e garantir uma aplicação uniforme do bronzeador. Aplique um protetor solar com fator adequado ao seu tipo de pele (FPS 30 ou mais), mesmo se for usar bronzeador”, diz a dermatologista Maria Paula Del Nero, parceira da Australian Gold, à AnaMaria.
Ela afirma que o bronzeador deve ser aplicado por último, de forma generosa e uniforme, e reaplicado conforme as instruções, especialmente após nadar ou transpirar.
Doses diárias
Por ser altamente prejudicial à saúde da pele, a recomendação é que a exposição solar com finalidade de bronzeamento seja feita em pequenas doses diárias. Essa, inclusive, é uma forma de prolongar o bronzeado.
“A exposição prolongada ao sol, além de aumentar o risco de queimaduras e câncer de pele, acelera o envelhecimento cutâneo. O bronzeado saudável deve ser construído gradualmente, com pequenas doses diárias de exposição ao sol, sempre com proteção. Dessa forma, você consegue um tom bonito e duradouro, evitando danos à pele”, destaca Maria Paula.
Essas pequenas doses diárias para garantir o bronzeado variam de pessoa para pessoa, dependendo do tipo de pele. “Peles muito brancas não devem ultrapassar 15 a 20 minutos de exposição, enquanto que peles mais morenas, até 40 minutos. O horário entre 10h e 16h também requer mais cuidado, pois a incidência dos raios solares UVB na Terra é bem maior e, portanto, o risco de queimaduras e insolação é bem mais frequente também”, explica Laís.
Ainda assim, é fundamental seguir alguns cuidados, sempre com o objetivo de proteger a pele. Ou seja, é fundamental manter a hidratação e evitar os horários de pico solar. Além disso, vale use chapéus, óculos de sol e roupas leves para se proteger.
“Reaplique o protetor solar a cada 2 horas ou após entrar na água, mesmo com produtos à prova d’água”, acrescenta a médica.
Como prolongar o bronzeado no dia a dia?
Logo após a exposição solar, é essencial hidratar bastante a pele para que não fique ressecada e beber bastante água. Vale ainda apostar em produtos pós sol, que acalmam a pele. Invista nas fórmulas que possuem aloe vera.
Para prolongar o bronzeado no dia a dia, a dica é hidratar a pele diariamente com cremes ricos em emolientes. “Produtos com ativos como óleo de coco, manteiga de karité ou ácido hialurônico são ótimos aliados. Beber água é fundamental para manter a pele hidratada. Além disso, alimentos ricos em betacaroteno, como cenoura, abóbora e mamão, ajudam a manter o bronzeado por mais tempo”, indica Maria Paula.
Vale evitar banhos muito quentes e prolongados porque podem ressecar ainda mais a pele e acelerar a descamação. “Esfoliações agressivas também devem ser evitadas, pois podem remover as células superficiais da pele mais rapidamente, diminuindo a duração do bronzeado. Além disso, o uso de produtos com álcool ou ácidos fortes pode desbotar o bronzeado, por isso prefira hidratantes suaves”, recomenda.
Ou seja, as dicas para prolongar o bronzeado são:
- Usar cremes emolientes;
- Se hidratar;
- Evitar banhos quentes e prolongados;
- Evitar esfoliações agressivas;
- Evitar produtos com álcool ou ácidos fortes.
Os autobronzeadores
A comunidade de dermatologistas não recomenda a exposição solar e sempre reforça o uso regular e diário de protetor solar nas áreas expostas com fator de proteção de, no mínimo, FPS 30 para o corpo e FPS 50 para o rosto, além de fotoprotetores orais.
“Para quem não abre mão do bronzeado, recomendamos ainda o uso dos auto bronzeadores, substâncias que pigmentam a pele sem a necessidade da exposição solar”, diz Laís Rios. Por isso, a indústria de beleza tem desenvolvido novas tecnologias para o consumidor que pretende conquistar uma pele mais bronzeada e saudável.
É o caso da Australian Gold, que lançou um autobronzeador que permite criar o bronzeado do jeito desejado. Ele tem absorção rápida e não deixa a pele com sensação pegajosa. É um jeito de conseguir bronzear de maneira natural e uniforme.
Outra marca que também apostou neste tipo de produto é a Mantecorp Skincare. A marca tem uma água autobronzeadora na linha Episol, que promove pele hidratada, bronzeada, natural e iluminada, com efeito duradouro de até 12 dias.
Os riscos do bronzeamento artificial
Recentemente, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou o uso de máquinas para bronzeamento artificial com finalidade estética. Entretanto, desde 2009, existe a proibição, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido aos riscos que essa prática traz à saúde. Em nota, a SBD se posiciona veementemente contra essa liberação, enfatizando que tal decisão compromete a saúde pública e coloca em perigo a vida da população
“As máquinas de bronzeamento funcionam como um sol artificial, mas com alta concentração de radiação ultravioleta, muito superior ao que ocorre quando se está exposto ao sol de maneira natural durante período semelhante, provocando agressões significativas à pele, com graves consequências a médio e longo prazo, por isso reforçamos o perigo do uso desses equipamentos pela população”, diz o presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves.
“As pessoas que se utilizam desses equipamentos expõem o corpo todo, aumentando a chance de canceres em áreas normalmente não expostas, além de provocar o envelhecimento da pele como um todo, com rugas profundas e manchas. Se essas pessoas forem tabagistas o impacto ainda é mais significativo”, explica Dra. Rosana Lazzarini, membro da diretoria da SBD.
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