Você escolheu um par de brincos lindos para completar seu look , no entanto, após algumas horas, uma coceira começa a surgir, seguida de vermelhidão e inchaço na região. O que parecia ser uma simples escolha de acessório se torna um problema de desconforto. Isso ocorre devido à alergia a bijuterias, que é uma reação comum, especialmente em peças que entram em contato direto com metais como níquel, cobalto e cromo.
Esses materiais são frequentemente usados em bijuterias para aumentar a durabilidade e a estética, mas podem ser prejudiciais para quem possui sensibilidade a esses componentes.
“Apesar de conferirem acabamento e durabilidade às peças, esses metais são extremamente danosos para quem tem a pele mais sensível”, explica Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop. Ela explica que, em alguns casos, o sistema imunológico pode reconhecer o níquel, por exemplo, como uma substância agressiva, desencadeando uma alergia a bijuterias.
Inicialmente, os sintomas podem se manifestar como coceira ou irritação, mas com o tempo, podem evoluir para inchaço ou bolhas, especialmente se o contato com o metal for prolongado.
Como identificar metais alérgicos?
Para prevenir reações alérgicas, é fundamental identificar os metais usados nos acessórios. Isso é especialmente importante para quem já tem histórico de sensibilidades, uma vez que metais como níquel, cobalto e cromo são comumente encontrados em bijuterias.
“O diagnóstico precoce é essencial. Muitas vezes, as pessoas não sabem que estão usando peças que contêm esses metais até que a reação aconteça“, comenta Lazaretti.
Atualmente, o mercado possui kits de testes rápidos e seguros nas peças antes de usá-las. Caso o teste indique a presença de níquel, o próximo passo é aplicar um isolante para criar uma barreira entre o metal e a pele. Este produto também pode ser utilizado para proteger a pele de outros metais que possam causar reações.
Como tratar os sintomas
Se você já está apresentando sinais de alergia a bijuterias, algumas ações podem ser tomadas para aliviar os sintomas. Lazaretti sugere que, ao perceber os primeiros sinais de irritação, o ideal é remover imediatamente o acessório e evitar o contato contínuo com o item.
A recomendação é aplicar cremes anti-inflamatórios ou corticosteróides, que podem controlar a inflamação e reduzir o desconforto. Esses medicamentos, sempre sob orientação médica, ajudam a reduzir a vermelhidão e a coceira, proporcionando alívio rápido.
Além disso, manter a área afetada limpa e seca é essencial. O uso de sabonetes neutros e compressas frias pode ajudar a diminuir a sensação de ardência e coceira. Aconselha-se sempre procurar um dermatologista para obter o melhor tratamento para o problema.
Existe solução?
A principal maneira de evitar reações alérgicas a bijuterias é optar por peças de marcas confiáveis, que garantam a ausência de metais alérgicos em seus produtos. Muitas marcas preocupadas com a saúde de seus consumidores oferecem bijuterias fabricadas com materiais hipoalergênicos ou que possuem certificações que asseguram a ausência de substâncias como níquel, cobalto e cromo. Além disso, elas passam por testes de seguranças para que o consumidor possa usar no dia a dia sem riscos.
Optar por bijuterias livres de metais prejudiciais minimiza o risco de alergia a bijuterias e oferece a tranquilidade de saber que o material utilizado é adequado para peles sensíveis. O mercado está cada vez mais atento a essas necessidades, oferecendo produtos que combinam estética e segurança.
Leia mais:
Carnaval: veja como proteger a pele de alergias causadas por maquiagem e brilhos