Apesar de muitas pessoas manterem o protetor solar sempre por perto, seja na bolsa, no carro ou no nécessaire da praia, ainda existe uma dúvida comum: afinal, protetor solar vencido ainda funciona? A resposta é não. E, embora o tema pareça simples, ele envolve riscos importantes para a saúde da pele, especialmente porque muita gente acredita que “usar é melhor do que não usar”. Contudo, isso não se confirma na prática.
Segundo a dermatologista Natasha Crepaldi, produtos vencidos perdem estabilidade química, o que altera completamente o desempenho indicado no rótulo. Dessa forma, a pessoa imagina que está protegida, mas continua exposta aos raios UV. Essa exposição silenciosa, ainda que aconteça em pequenas doses, favorece queimaduras, envelhecimento precoce e aumenta o risco de câncer de pele, um dos tumores mais prevalentes no Brasil.
Além disso, manter o filtro solar guardado por muito tempo em locais quentes, como o carro, acelera ainda mais essa degradação. Portanto, conferir a validade e observar mudanças na textura, cor ou cheiro do produto se torna essencial.
Cuidado com a quantidade
Mesmo quando o protetor está dentro da validade, outro erro muito comum compromete a eficácia: aplicar menos do que o necessário. De acordo com Natasha, a maioria das pessoas usa menos da metade da quantidade recomendada, principalmente no rosto.
Para alcançar a proteção adequada, você precisa aplicar uma camada generosa, espalhar bem e reaplicar a cada duas horas. Além disso, suor excessivo, mergulhos ou o uso de maquiagem exigem atenção redobrada, já que esses fatores reduzem a durabilidade da proteção.
Portanto, manter a disciplina na reaplicação contribui não apenas para a saúde da pele, mas também para evitar manchas, ardência e irritações comuns após longos períodos ao ar livre.
Dias nublados também pedem cuidado
Muita gente ainda acredita que só precisa usar protetor solar em dias de sol forte ou na praia. Entretanto, os raios UV atravessam nuvens e janelas, o que significa que o cuidado deve ser diário, inclusive em ambientes urbanos. Assim, a proteção deixa de ser um gesto pontual e passa a integrar a rotina de autocuidado.
Nesse cenário, usar um produto vencido compromete ainda mais o dia a dia, já que, embora a pessoa mantenha o hábito, não obtém o resultado esperado. Por isso, reforçar a importância de verificar a validade e armazenar corretamente o frasco faz toda a diferença.
Por que o uso correto oferece mais segurança
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país correspondem ao câncer de pele. Embora vários fatores influenciem esse número, a exposição solar sem proteção continua sendo um dos principais motivos.
Dessa forma, usar o filtro solar da maneira certa e evitar produtos vencidos se torna uma medida simples, acessível e altamente eficaz para preservar a saúde da pele. Como destaca a dermatologista Natasha Crepaldi, esses pequenos cuidados evitam danos que podem se tornar irreversíveis.
Resumo: Usar protetor solar vencido não é indicado. O produto perde eficácia, aumenta a exposição solar e coloca a pele em risco. Além disso, aplicar pouca quantidade e ignorar a necessidade diária de proteção também reduz o efeito do filtro. Verificar a validade, reaplicar o produto e manter o cuidado todos os dias ajuda a prevenir queimaduras, manchas e câncer de pele.
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